Polícia descobre farsa em investigação sobre sexo com 5 para quitar dívida
Mulher fez denúncia à Deam, que chegou a investigar crime de cafetinagem, mas depois desmentiu
Mulher de 33 anos foi indiciada por falsa comunicação de crime, nesta quarta-feira (26), quatro dias depois de ter sido supostamente obrigada a se prostituir em troca da quitação de dívida. É que a Polícia Civil descobriu a farsa.
A suposta vítima havia procurado a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para denunciar que havia emprestado R$ 2 mil de um agiota e teria de pagar 12 vezes de R$ 285, mas não estava conseguindo fazer os pagamentos integrais das parcelas semanais.
Relatou que, na madrugada de sábado (22), por volta da 1 hora, o cobrador do agiota apareceu em seu apartamento e disse que estava lá para “fazer a recolha” e que não aceitaria mais o pagamento somente dos juros cobrados por semana.
A mulher contou ainda que foi levada para um prostíbulo e, para quitar o que devia, foi obrigada a fazer sexo com quatro homens e uma mulher, alternadamente. Narrou que dois dos homens não usaram preservativos e que praticou sexo vaginal, anal e oral. Ela só foi levada de volta para casa na manhã seguinte, por volta das 7h.
Equipe da Deam começou a investigação em busca de provas do crime de cafetinagem (exploração sexual) contra as duas pessoas citadas pela mulher, mas ao encontrar inconsistências nos relatos, confrontou a mulher, que acabou confessando que mentiu na delegacia porque não queria dizer para a família que “estava na farra” com amigos.
A Polícia Civil aproveita o exemplo para fazer alerta: “Uma denúncia deste calibre é extremamente séria, e sendo falsa, pode vir a prejudicar bastante o acusado, além de atrapalhar sobremaneira o trabalho da polícia”. “Tanto na esfera pessoal, como profissional, o registro de ocorrência baseado em falsas denúncias é crime, com pena que pode variar de 2 a 8 anos de reclusão”, conclui nota divulgada pela corporação.
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