Assaltante diz que nunca acusou juiz e reforça denúncia contra agentes
Acusado de ser um grande ladrão de bancos, José Reinaldo Girotti, o Alemão, desmentiu, por meio de seu advogado, Luiz Gustavo Battaglin, as afirmações feitas por agentes penitenciários federais de que teria acusado o juiz Odilon de Oliveira de cobrar propina para colaborar com a extradição de Juan Carlos Abadía.
O advogado esclareceu que Girotti desmentiu essa acusação na Justiça, em duas ocasiões, após ser interpelado judicialmente pelo magistrado Odilon.
Em duas ocasisões, na resposta por escrito e durante depoimento em Presidente Wenceslau (SP), onde está preso, Girotti negou que tenha feito qualquer acusação ao magistrado. A resposta dele foi não para 8 perguntas sobre isso.
Na direção oposta, denunciou ter sido torturado por um grupo de “3 a 4 agentes”, que, segundo testemunhou, o tiraram da cela, serviram a ele um lanche e um refrigente que, conforme o assaltante, com certeza tinha algum medicamento para dopá-lo.
“Tenho certeza que fui dopado”, afirma Girotti no depoimento. Ele diz que ficou 3 dias desacordados e que só soube disso por uma enfermeira.
Nesse intervalo, Alemão conta que teria sido forçado a escrever coisas em um papel, mas não se recorda o que, em razão do “estado de torpor”.
Indagado sobre quem seriam os agentes, o assaltante diz que não sabia nomes nem características físicas.
O advogado de Girotti disse que seu cliente faz questão de que seu nome não seja mais ligado a qualquer denúncia envolvendo o juiz, pois elas inexistem.
Ele disse ainda desconhecer que encaminhamento foi dado às denúncias feitas pelo cliente aos agentes penitenciários.