"Tropa de Choque" reforça segurança na Câmara e revolta professores
Mais de 1200 professores tomam conta do plenário da Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (6), em protesto por reajuste salarial de 8,46%, marcando o início da paralisação, que deixará 94 mil alunos sem aulas, caso tenha adesão de toda a rede.
Com a chegada de guardas municipais formados em operações de controle de distúrbios civis, equipe similar a "tropa de choque", os professores se defenderam com vaias e gritando “aqui não tem bandido”. A reação negativa levou o comando a retirar o reforço do Plenário.
Com a sessão prestes a se iniciar, o vereador Flávio César (PtdoB), ameaçou até cancelar os trabalhos, caso os manifestantes não fizessem silêncio. Os professores bateram palmas ironizando o vereador.
“Encerraremos caso não haja condições de trabalhar, por isso pedimos para que se mantenha a ordem e disciplina”, disse Flávio. Depois de Flávio César, chegaram Chocolate (PP) Edil Albuquerque (PMDB) e Carlão (PSB), enquanto os professores ocupam o plenário com cartazes pedindo o cumprimento da lei.
O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves disse que a categoria foi até a Câmara, porque o prefeito recuou na proposta de pagar reajuste 8,43% ontem (5).
“A categoria quer que se cumpra a leia agora.Os trabalhadores estão fazendo greve para que se cumpra a lei, que é direito dos trabalhadores e vai durar o tempo para que o prefeito resolva essa questão. Entendemos que a greve não é boa para ninguém, mas esse é o instrumento mais forte para fazer cumprir a lei”, argumentou o presidente da entidade.
Segundo Geraldo, 96 escolas podem ser impactadas pela greve inciado hoje, mas o número de unidades que estão aderindo ao movimento será divulgado amanhã (7) durante a tarde. Sobre a reposição de aulas, o presidente disse que será resolvido com a finalização da greve. “Como vai repor as aulas veremos depois”, disse.
(Matéria alterada para correção às 10h02)