Após acordo, asilo quita dívida de R$ 1,3 milhão com ex-funcionários
Ela se acumulou entre 2014 e 2017 e foi paga em parcelas pela instituição que acolhe idosos na Capital
O asilo São Bosco, instituição de Campo Grande que hoje acolhe aproximadamente 90 idosos desamparados, conseguiu quitar dívida de pagamentos a ex-funcionários que chegou ao total de R$ 1.313.662,24 somando também valores pendentes de perícias, contribuições sociais e custas processuais.
Com isso, foram finalizados 39 processos trabalhistas abertos entre 2014 e 2017 em Varas do Trabalho da Capital.
Foi necessário o asilo fechar acordo com o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para evitar penhoras de bens e valores durante o andamento das ações e permitir o pagamento parcelado. Ele foi firmado somente em 2020, com o São João Bosco se comprometendo a pagar tudo o que devia em até três anos por meio de garantias legais.
As ações foram encerradas em abril deste ano, como divulgado ontem (20) no site do Tribunal. Porém, a dívida milionária já havia sido saldada totalmente em 2023, conforme estava previsto, disse hoje (21) à reportagem o advogado que representa o asilo, Diego Marcelino.
“No caso do Asilo São João Bosco, a instituição, notoriamente conhecida na sociedade campo-grandense por seu trabalho humanitário, apresentou o plano e cumpriu todas as obrigações nele contidas. O [acordo] foi, portanto, importante, porque ao mesmo tempo em que possibilitou que os trabalhadores recebessem o que lhes era devido, proporcionou ao Asilo condições de continuar exercendo suas atividades”, afirmou o juiz do TRT, André Luis Nacer de Souza, que acompanhou os processos.
Golpe - O São João Bosco se mantém com o que recebe por meio de doações e convênios com o Poder Público. A instituição foi procurada, mas não comentou o que levou ao acúmulo de dívidas na época, justificando que o problema é de responsabilidade de uma gestão diferente da atual.
Em 2021, o Campo Grande News noticiou que o asilo sofreu golpe de R$ 75 mil que seriam destinados a indenizações trabalhistas. O acusado, advogado Ricardo Augusto Nascimento Pegolo dos Santos, reconheceu como “líquida e certa” a dívida e a devolução do dinheiro, acordando pagamento de R$ 100 mil à instituição.
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