Burocracia para recuperação em área do Lago do Amor está em fase final
Enéas Neto, secretário-adjunto da Sisep, disse que pedidos de licenças ambientais atrasaram a recuperação
Com previsão inicial de durar apenas um mês, as obras para recuperação da área que desmoronou após as chuvas do dia 4 de janeiro e interditou parte da Avenida Senador Filinto Muller, em frente ao Lago do Amor, ainda não saíram do papel.
Em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (1º) na Câmara Municipal de Campo Grande, o secretário-adjunto da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Enéas Neto, garantiu que os trâmites burocráticos para a realização das obras foram superados e o próximo passo será a contratação da empresa especializada para realização do serviço.
“A obra do Lago do Amor está em fase de finalização da montagem do processo administrativo para a contratação da empresa que vai executar a obra. Já temos inclusive o laudo da Defesa Civil e da Agetran, todas essas fases administrativas já foram superadas”, garantiu o adjunto.
Por se tratar de uma área sensível de responsabilidade da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), não foi possível realizar um processo célere de forma emergencial para a contratação de uma empreiteira.
“A obra do Lago do Amor é uma obra que tem uma complexidade diferente. Trata-se de uma represa onde o volume pluviométrico que vem ocorrendo nas chuvas dentro de Campo Grande. Então é uma obra emergencial, não é só simplesmente abrir o processo, é uma área de preservação ambiental que está sob a responsabilidade da Universidade Federal, precisamos pedir autorização para a UFMS e Semadur precisa dar licença ambiental, para que futuramente os entes envolvidos nessa ação emergencial não sejam penalizados perante os órgãos públicos”, explicou Enéas.
Ainda com risco de desabamento, o local que recebe inúmeras pessoas no fim da tarde e aos finais de semana, além de ser rota de acesso para motoristas de diversas regiões, precisará ser interditado por um longo período diante da complexidade dos trabalhos.
“Ali é uma obra com um risco de desabamento, não é só aquela parte, ela vai ter que ser feita desde a rotatória até a extensão de onde ocorreu, vai ter que fazer um novo gabião aonde faz a drenagem e escoamento para quando o lago encher novamente, isso não volte a ocorrer”, comunicou o adjunto durante a audiência.