Citado em operação da PF, ex-adjunto da Sefaz é exonerado do TCE
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) exonerou André Luiz Cance do cargo de assessor de gabinete. De acordo com portaria publicada nesta quarta-feira, a exoneração foi a pedido. Ele foi secretário adjunto da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) no governo de André Puccinelli (PMDB) e aparece em gravações da PF (Polícia Federal) na Operação Lama Asfática.
Os diálogos foram com o xará André Luiz de Oliveira, empresário que teve ascensão meteórica no comando da A.L. dos Santos. Criada em 2007, a empresa tinha contratos de R$ 40 milhões com a prefeitura de Campo Grande em 2012.
Com o fim da gestão de Puccinelli em dezembro de 2014, André Cance logo assumiu cargo comissionado no TCE. A nomeação foi em 19 de janeiro, no gabinete do conselheiro Osmar Jeronymo (ex-secretário de Governo), com remuneração atual de 15.881,79.
Jeronymo também é citado na investigação da PF em tratativas para tirar a Egelte Engenharia e colocar a Proteco Construções, do empresário João Alberto Krampe Amorim, na obra do Aquário do Pantanal, orçada em R$ 230 milhões.
Lama - A operação, deflagrada em 9 de julho pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande
As ações foram na mansão do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto; na residência do empresário João Amorim (dono da Proteco Construções Ltda), Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e empresas. Foram apreendidos 100 mil dólares, três mil euros, R$ 210 mil em espécie e R$ 195 mil em cheques.