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Política

Operação contra a corrupção da PF atinge 27 obras, diz governador

Leonardo Rocha e Michel Faustino | 20/07/2015 16:35
Reinaldo diz que 27 contratos estão sendo investigados, sendo que 10 ainda estão em andamento (Foto: Vanessa Tamires)
Reinaldo diz que 27 contratos estão sendo investigados, sendo que 10 ainda estão em andamento (Foto: Vanessa Tamires)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou hoje (20), durante evento na governadoria, que 27 obras estaduais estão sendo investigadas na Operação Lama Asfáltica, que apura esquema de corrupção entre empreiteiras com servidores públicos. O tucano ressaltou que, por enquanto, nenhum contrato será cancelado ou empresa afastada.

Reinaldo explicou que a PGE (Procuradoria Geral do Estado) recebeu o inquérito da Polícia Federal e já começou analisar as questões citadas na investigação. De acordo com ele, dos 27 obras em questão, 17 já foram concluídas antes do tucano assumir o mandato, restando 10 que ainda estão em andamento.

O governo ainda adiantou que oito contratos são referentes a obras em rodovias. “A PGE mantém contato direito com os órgão responsáveis por esta investigação, não é o momento de fazer qualquer juízo de valor, mas espero que se cheguem a uma conclusão para saber o que estava certo e o que havia de errado”, disse ele, no fim da solenidade de assinatura de convênio com o Festival de Canção, de São Gabriel do Oeste.

Reinaldo disse que a princípio não haverá cancelamento de contrato ou afastamento de empresa, mas que todos serão fiscalizados e verificados com rigor. “Todo este processo serve de alerta para que a população fique atenta”.

Obras - Entre as obras que estão sendo investigadas está a rodovia MS-040, o Aquário do Pantanal e a Avenida Lúdio Coelho, em Campo Grande. No Aquário, a Proteco, uma das empresas investigadas, tem dois contratos no valor de R$ 123 milhões, referente a construção do empreendimento.

No pacote de obras do MS-Forte, que foi financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), as rodovias MS-040 e MS-430 terão os contratos analisados. No caso da MS-430, já foram encontradas irregularidade em um dos quatro lotes.Ao menos três foram vencidos pela Proteco. O custo total da via de 54 km entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro chegou a R$ 70 milhões.

Inaugurada em dezembro do ano passado, a MS-040 teve investimento de R$ 300 milhões para ligar Campo Grande a Santa Rita do Pardo, O trecho de 210 quilômetros foi dividido em dez lotes. Os de número 1 e 2 foram executados pela Proteco, que firmou contratos de R$ 45,3 milhões com o governo do Estado.

O Aquário do Pantanal é uma das 10 obras em andamento que serão investigadas. Orçado inicialmente em R$ 84 milhões, o empreendimento deve custar mais de R$ 230 milhões, sendo que só a Proteco deverá receber R$ 123 milhões.

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