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Capital

Com notificação de advogado, moradores dizem ser coagidos no Bosque da Saúde

Alguns têm recebido notificação extrajudicial que foi considerada "suspeita", por conter endereço errado

Por Lucia Morel | 18/02/2024 18:19
Notificação foi recebida ontem, mas morador não assinou documento. (Foto: Reprodução)
Notificação foi recebida ontem, mas morador não assinou documento. (Foto: Reprodução)

Moradores do Bosque da Saúde, região das Vilas Nasser e Santa Luzia, receberam no último sábado notificação extrajudicial que manda que eles saiam de seus imóveis em 48 horas, contando dias úteis. Enquanto isso, alguns homens que se apresentaram como vigias contratados pelos supostos donos dos imóveis permanecem 24 horas no bairro, coagindo e ameaçando a vizinhança com sua presença.

Uma das que recebeu a notificação e prefere deixar o nome em anonimato diz que não tem conseguido dormir por causa da situação. Ela teme que sua casa seja invadida ou demolida, como ocorreu com alguns vizinhos há duas semanas.

Apesar de haver decisão judicial do Núcleo Lar Legal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que impede qualquer atuação até que se defina a regular situação dos imóveis, uma dezena de supostos vigilantes tem estado no bairro e notificando moradores. “Desde quarta-feira eles não saem de lá, ficam praticamente 24 horas”, disse a mulher. Segundo eles, os donos dos terrenos os contrataram para fazer a segurança e vigiar a área.

Supostos vigias entregando notificação a morador. (Foto: Direto das Ruas)
Supostos vigias entregando notificação a morador. (Foto: Direto das Ruas)

A moradora disse que o marido não assinou a notificação extrajudicial, primeiro por acreditar que o documento não tem validade e depois porque até mesmo o endereço do imóvel contestado no documento e encaminhado em nome do esposo, estava errado.

Caso - Na tarde de sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024, o juiz da 8ª Vara Cível, Mauro Nering Karloh, deferiu liminar para que seja anotado nas matrículas dos imóveis que eles estão no programa Lar Legal, iniciativa de regularização fundiária do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Nos pedidos à Justiça, a defesa de moradores informa que desde terça-feira (dia 6) imóveis têm sido absurdamente derrubados e anexou reportagem do Campo Grande News.

Conforme dados dos processos, o representante legal da Imobiliária Sumaré, que seria dona dos imóveis, é Elias Carlos Sena.

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