Documentos que garantiriam saída de famílias do Mandela queimaram, diz prefeita
Ela afirmou que processo estava em fase final e terá continuidade, mesmo assim
As famílias que viviam na favela do Mandela, erguida desde 2016 no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, estavam com documentação relacionada à regularização fundiária em processo de finalização, antes de incêndio com causa ainda desconhecida atingir os barracos nesta quinta-feira (16).
Em outra visita ao que sobrou dos barracos nesta manhã (17), a prefeita Adriane Lopes disse que esses papéis importantes foram consumidos pelo fogo. "Há um mês, nós estávamos finalizando a documentação dessas pessoas, que agora perderam até isso nesse incêndio", contou.
Segundo Adriane, as famílias já estavam em processo de regularização fundiária. Ele consiste em identificar moradias urbanas informais, organizá-las e assegurar a criação de outras em local adequado e com estrutura e serviços mínimos.
"Então, agora a gente retoma essas ações e nós vamos seguir avançando nesse processo de regularização", resumiu a prefeita sobre os próximos passos.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Campo Grande informou que vai criar o Residencial Mandela I, II e III e construir 220 casas para reassentar as famílias. Um termo de colaboração entre o Governo Federal, o Município e o fundo social constituído pela concessionária Águas Guariroba garantirá o custeio da obra, previsto em R$ 17.106.894,12 .
Maior tragédia - Adriane Lopes também ressaltou que o incêndio é "a maior tragédia" já registrada em comunidades assim de Campo Grande. O Corpo de Bombeiros vistoria o local para dar continuidade às apurações sobre o que a causou.
Enquanto isso, famílias estão alocadas provisoriamente em tendas fornecidas pelo Exército e em abrigos improvisados pela prefeitura.
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