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Capital

Falso médico acusado de matar idoso é preso no Santa Emília

Ele estava foragido da justiça de Sete Quedas e foi encontrado nesta manhã por policiais do DEH

Geisy Garnes | 27/07/2020 15:11
Marx Honorato será submetido ao tribunal do júri (Foto/Arquivo)
Marx Honorato será submetido ao tribunal do júri (Foto/Arquivo)

Policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) prenderam nesta segunda-feira (27) Marx Honorato Ortiz, o falso médico responsável pela morte de um idoso em dezembro de 2014, em Paranhos – cidade a 469 quilômetros de Campo Grande. Ele estava escondido em uma casa do Bairro Santa Emília, na Capital.

Conforme divulgado pela polícia, o falso médico estava com mandado de prisão expedido pelo poder judiciário de Sete Quedas. Nesta manhã, foi encontrado por policiais da delegacia especializada no Santa Emília, detido e levado para a celas da Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada).

Marx Honorato responde na justiça pela morte de um paciente do Hospital Municipal de Paranhos. Consta na denúncia que no dia 14 de dezembro de 2014, a vítima deu entrada na unidade no começo da tarde. O preso era o médico de plantão e na época usava nome falso, que pertencia a um médico do Estado.

A vítima reclamou de dores de cabeça e disse que estava vomitando sangue. Segundo o depoimento da filha do idoso, o falso médico realizou um eletrocardiograma, medicou e liberou o paciente. Horas depois, o idoso retornou ao hospital e mais uma vez foi medicado e liberado.

No início da noite, a filha retornou ao hospital com o pai e exigiu que ele fosse internado e transferido para Dourados ou Campo Grande. Neste momento, o médico afirmou que sabia o que estava fazendo e chegou a questionar se ela havia feito medicina. A vítima foi deixada em observação e após algumas horas, morreu.

Quando o caso chegou a polícia, não foi Marx quem recebeu a denúncia e sim o médico que ele usava o nome para atender. Em depoimento, afirmou que nunca havia atendido em Paranhos, mas a situação só foi esclarecida quando a filha do paciente confirmou que ele não era o médico que atendeu seu pai.

Ao apresentarem Marx, a mulher o reconheceu na hora. Na justiça, a defesa do acusado afirma que o fato de usar um falso CRM e nome não serve de prova para afirmar que ele tinha intenção de matar o paciente. Alega também que o cliente é formado em Medicina, mas em outro país. Por conta disso, tentou desclassificar os crimes em que foi acusado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas no ano passado, teve o pedido negado.

Em maio, o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, alegou que há nos autos a versão de que o acusado assumiu o risco de matar a vítima no momento em que optou por atendê-la na condição de médico sem possuir habilitação necessária. Por isso determinou que Marx fosse levado a júri popular por homicídio.

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