ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  07    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Jovem se entrega após matar rapaz e balear a ex

Ele se entregou acompanhado de advogado e ficará preso

Dayene Paz e Viviane Oliveira | 01/05/2023 08:08
Messias em foto postada no Instagram. (Foto: Redes sociais)
Messias em foto postada no Instagram. (Foto: Redes sociais)

Messias Cordeiro, de 25 anos, se entregou para a polícia, na noite deste domingo (30), após matar Luan Roberto de Oliveira Oliveira, 24, e atirar na ex-namorada, Karolina Silva Pereira, de 22 anos, que está internada em estado grave no hospital. Ele chegou a enviar mensagens à mãe da jovem, confessando o crime que ocorreu na madrugada de ontem, no Jardim Colibri, em Campo Grande.

Messias chegou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) acompanhado de advogado. Ele permaneceu preso. A Delegacia Especializada fará uma coletiva de imprensa sobre o caso ainda nesta segunda-feira (1).

Entenda - Luan Roberto era motoentregador de uma pizzaria, localizada no Bairro Guanandi, e era a quinta vez que acompanhava a colega de trabalho até em casa, porque ela já relatava medo de ir sozinha. Eles saíram da pizzaria, cada um em sua motocicleta, e em frente a casa dela, no Jardim Colibri, foram surpreendidos por Messias.

Segundo a polícia, Messias ficou de tocaia. "Ficou aguardando armado", revelou a delegada Rafaela Lobato. Pela dinâmica, Luan foi o primeiro a ser atingido. "Com o susto, a vítima [ex-namorada] tentou fugir, mas a poucos metros foi atingida", revela. Messias fugiu correndo a pé.

Luan foi atingido no tórax, socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu no local. O velório dele começou na noite deste domingo e o enterro ocorre na manhã de hoje.

Frieza - Após atirar em Karolina e Luan, o assassino ligou para a mãe da menina, confessando o crime, e mandou mensagens de áudio. "Queria saber como ela tá? (sic)". Em seguida, afirma para a mulher que atirou na filha dela.

"Bom, provavelmente a senhora não vai responder, mas talvez a senhora escute esse áudio. O mesmo fim que eu dei nela, eu vou dar em mim, como eu disse, do outro lado a gente se encontra. E parabéns, por ter ensinado sua filha a mentir, a enganar, a não ter compaixão pelos outros, a não se importar com a vida dos outros e por isso que fiz isso, porque ela cagou para mim, porque a senhora influenciou. Ela mentiu para mim, ela me enganou, ela me traiu, então é isso daí, tá certo, agora a senhora segue a sua vida do jeito que a senhora quiser, porque a vida dela você não vai conseguir viver e a gente se encontra lá do outro lado".

"Nunca subestime ninguém, tá certo, nunca ache que ninguém tem coragem para fazer algo, nunca subestime ninguém, ta certo! Isso aí serve de lição para a senhora, para quando alguém disser alguma coisa, pedir ajuda e falar que precisa de algo, vocês escutarem, vocês tentarem ajudar, de verdade, não ignorar, não fazer pouco caso e não achar que não é problema seu, porque minha vida não é problema seu, entendeu? Mas o que eu fiz agora é problema seu", completa em um segundo áudio. (ouça abaixo)



Abusivo - O padrasto de Karolina conversou com a reportagem do Campo Grande News enquanto aguardava informações sobre o estado de saúde dela na Santa Casa. Ele revelou que o relacionamento entre Karolina e Messias durou cerca de um ano. "Terminou com ele e depois de um mês, ainda via a insistência em querer voltar. Seguiu ela esses dias até na porta de casa", diz.

O homem conta que Messias não a deixava sair. "Não queria deixar ela ir na formatura, em festas. Ela não queria nem terminar com ele porque tinha medo dele", afirma. "Veio falando que a menina traiu ele, ela só trabalhava e ia para casa, nem tinha vida mais, vivia só entorno dele".

Desespero - O padrasto conta que estava dormindo, quando ouviu os tiros, por volta das 2h30 de hoje. "Saí, via a luz da moto caída. Saí para fora, encontrei a moto dela no chão, outra moto atrás dela e o menino caído, eu nem conhecia o menino. Vi ele já estava desacordado", lembra. Apesar de ter visto a moto da enteada, ele não a encontrava. "Procurei, vi ela umas duas casas para cima, caída no chão. Corri até lá e o pessoal do bairro veio ajudar".

Nos siga no Google Notícias