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Capital

Marquinhos vai acionar Justiça para evitar greve dos médicos na segunda

Oficio entregue pelo SindMed comunica que paralisação tem duração de dez dias

Yarima Mecchi | 22/06/2017 12:37
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. (Foto: Marcos Ermínio).
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. (Foto: Marcos Ermínio).

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse que vai acionar a Justiça para evitar a greve dos médicos programada para começar na segunda-feira (26). No fim da manhã desta quinta-feira (22) a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) recebeu o oficio do SindMed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) comunicando a paralisação da categoria com validade por dez dias.

"Vamos a Justiça dizer quer fizemos a proposta e o salário esta em dia. Fizemos proposta acima da inflação. É a categoria com maior salário e a única que recebei proposta de reajuste acima da inflação", destacou Marquinhos.

Ele justifica que os médicos estão usando a greve como uma forma de pressionar a Prefeitura de Campo Grande para um reajuste que a administração não tem como conceder.

"Querem utilizar isso daí como forma de pressionar. Sabem a situação da Prefeitura de Campo Grande, sabem das receita e despesas. Só entrar no portal da transparência e ver", declarou.

De acordo com a Sesau, o oficio entregue pelo sindicato comunica que a greve tem duração de dez dias e que 70% dos médicos ambulatoriais e 30% dos plantonistas de urgência e emergência vão parar suas atividades. A secretaria vai encaminhar o documento para a PGM (Procuradoria Geral do Município).

"Eu ainda não recebi nada, mas fico chateado porque é a categoria melhor remunerada da prefeitura. Estamos tentando reabastecer os medicamentos, comprando material para reequipar as UPA's (Unidades de Pronto Atendimento), reformando unidades com dificuldade, adquirindo caderias de rodas", lembrou.

O prefeito está confiante que vai conseguir suspender a greve com a ação na Justiça e vai acionar a PGM, ele descarta a possibilidade de encaminhar uma nova proposta para o sindicato.

"O que a gente teve condições de fazer, a gente fez. É a proposta com maior reajuste de todas as categorias. Não tenho dúvida que o judiciário vai entender. Isso é um ato extremante infeliz por parte do sindicato e vai causar um prejuízo a Campo Grande", afirmou.

Paralisação - Durante coletiva de imprensa na terça-feira (20), os médicos explicaram os motivos de reinjetarem a proposta da Prefeitura de Campo Grande e a classificaram como indecorosa, absurda, fizeram várias críticas e confirmaram greve por tempo indeterminado. A proposta da prefeitura foi de 6% de reajuste no plantão e 30% na gratificação por desempenho.

A alternativa do executivo municipal, foi negada pelos profissionais da saúde, após ser amplamente debatida em assembleia.

A última proposta feita pela classe à prefeitura - e que foi recusada -, de acordo com os profissionais, proporcionaria uma economia de R$ 3,8 milhões aos cofres públicos, baseada no corte de gratificações aos médicos.

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