Nova avenida cria expectativa, mas ritmo lento preocupa moradores
A construção de uma avenida às margens do córrego Bálsamo, no bairro Rita Vieira, em Campo Grande, foi retomada pelo prefeito Gilmar Olarte (PP). No entanto, segundo os moradores, a obra segue em ritmo lento. A pavimentação de 10 quilômetros de vias marginais entre o Jardim Roselândia e o anel rodoviário - iniciada na gestão de Nelson Trad Filho (PMDB) e paralisada na administração Alcides Bernal (PP) - cria grande expectativa na região.
A depiladora Franciane Nunes, 31 anos, disse que passa todos os dias em frente da obra, mas nunca viu nenhum funcionário trabalhando no local. Ela afirmou que a obra está parada desde a administração de Nelson Trad, e a troca de governo não influenciou na continuidade da construção. “Não vi diferença nenhuma até agora. Acredito que não vai mudar nada. Eu mesma nunca vi ninguém trabalhando aí”, comentou.
Já o comerciante José Carlos de Oliveira da Silva, 52 anos, que tem uma barraca de verduras na frente da obra, contou que um grupo de 20 funcionários está trabalhando no local. Cansado de ver o empreendimento paralisado há vários meses, ele falou que agora consegue enxergar os benefícios que a avenida pode trazer para a região. “Para mim é novidade ver essa obra caminhando depois de tanto tempo. O trânsito vai melhorar por aqui, e em conseqüência vou vender mais verduras”, comentou José fazendo planos para o comércio.
O lavador de carros Renan Souza dos Santos, 17 anos, conta que soube que a obra irá continuar quando viu a instalação de postes de iluminação pública no trecho onde será construída a avenida. Ele disse que o fato aconteceu assim que Alcides Bernal deixou a prefeitura. Segundo Renan, atualmente as pessoas precisam dar a volta por outros bairros para chegar ao Rita Vieira, mas a avenida vai evitar o problema. “As pessoas precisam dar a volta lá longe para chegar aqui, com a nova avenida tudo isso vai mudar”, destacou.
Para o motorista Reinaldo Nantes, 59 anos, que mora ao lado da obra, a troca de prefeitos causou um desconforto, e com isso o Executivo perder tempo para realizar ou concluir obras na Capital. “Mesmo que deram continuidade no serviço, acredito que esse entre e sai de prefeito prejudicou o andamento das obras na Capital”, finalizou.
O Campo Grande News esteve no local da obra, mas não conseguiu encontrar nenhum funcionário trabalhando. No lugar existiam seis manilhas e um pequeno amontoado de areia. Tentamos falar com o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, para obter informações sobre o andamento da obra, mas as ligações não foram atendidas.