Audiência por R$ 1 milhão de indenização a tatuador cego termina sem acordo
Ela está presa no Estabelecimento Penal Irmã Zorzi, bairro Coronel Antonino

Audiência de conciliação entre o tatuador Leandro Coelho Marques, de 32 anos, e a ex-mulher que o deixou cego, Sônia Obelar Gregório encerrou sem acordo na última sexta-feira, 28 de março. Ele pede na Justiça indenização de R$ 1 milhão por danos morais e estéticos. Ela está presa no Estabelecimento Penal Irmã Zorzi, bairro Coronel Antonino.
RESUMO
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A audiência de conciliação entre o tatuador Leandro Coelho Marques e sua ex-mulher, Sônia Obelar Gregório, terminou sem acordo. Leandro, que ficou cego após ser atacado com soda cáustica por Sônia, busca uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais e estéticos. Sônia está presa, o que dificultou um acordo. A audiência foi virtual, sem propostas de ambas as partes, e o processo seguirá seu curso normal. Leandro também enfrenta problemas legais, tendo sido preso por violência doméstica e descumprimento de medida protetiva, mas foi liberado com novas restrições devido à sua condição de saúde e segurança no sistema prisional.
O advogado dele, Gustavo Fonseca avalia que como ela está presa não teria como chegar a um acordo e que a tendência é que haja uma decisão futura que estabeleça valores. “Não houve nenhum tipo de acordo e nem houve possibilidade, né? Ela está presa e vamos aguardar um crédito futuro”, analisou.
Leandro ficou cego após ser atingido por soda cáustica jogada pela ex-mulher, em fevereiro de 2023, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. A audiência de sexta-feira foi realizada de forma virtual e contou com a presença de Sônia e do tatuador. “Diante da ausência de propostas das partes, não foi possível a composição de acordo, retornando os autos ao trâmite normal”, diz o termo de audiência do processo.
Recentemente, em fevereiro deste ano, Leandro foi preso pela primeira vez após ser encontrado em frente à Casa da Mulher Brasileira, acusado de violência doméstica contra outra ex-esposa, com quem se casou em junho de 2024 e se separou meses depois. Já no dia 2 de março, ele voltou a ser preso por supostamente descumprir a medida protetiva.
A defesa do tatuador alegou que a prisão violava sua dignidade, visto que ele enfrenta dificuldades no sistema prisional devido à deficiência visual e ao risco de violência. O pedido de revogação foi aceito, mas com a imposição das novas medidas restritivas.