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Capital

Polícia Civil cogita devolver quadro a museu, mas manter veto a exposição

Objetivo é não danificar a obra, que no futuro pode voltar as mãos de artista

Guilherme Henri | 15/09/2017 11:02
Policiais civis durante apreensão de quadro no Marco na tarde de ontem (14) (Foto: Marina Pacheco)
Policiais civis durante apreensão de quadro no Marco na tarde de ontem (14) (Foto: Marina Pacheco)

A Polícia Civil cogita deixar o quadro “pedofilia” sob os cuidados da coordenadora do Marco (Museu de Arte Contemporânea) Lucia MontSerrat. A obra foi apreendida ontem (14), após o delegado Fábio Sampaio, da DEPCA ( Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) entender que a mostra faz apologia ao crime.

Conforme o delegado, a ideia será debatida hoje (15), durante depoimento da coordenadora na delegacia.

“O quadro apreendido é uma prova de crime, porém como se trata de uma obra ele precisa de cuidados específicos para que não seja danificado. Pois, caso o juiz entenda que a obra deva voltar para aos mãos da artista no futuro, ele precisa estar do mesmo jeito de que quando o apreendemos”, explica.

Porém, mesmo que volte aos mãos da coordenadora, como fiel depositária, Lucia, se concordar com a proposta, deve assinar um termo em que se compromete a não expor novamente o quadro.

O movimento contra a exposição “Cadafalso”, da artista foi o centro de acalorados debates na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, de quinta-feira (14). Os deputados classificaram a obra da artista como promoção “de sacanagens e desrespeito à família e aos bons costumes”.

A exposição da artista mineira, que segundo os parlamentares apresenta entre outras coisas cenas de pedofilia e de masturbação, está no Marco desde o mês de junho, mas só agora os parlamentares deram conta do seu conteúdo, a poucos dias do encerramento previsto para o dia 17 deste mês.

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