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Capital

Prefeita da Capital diz que não aceitará transporte coletivo a quase R$ 8

Impasse com o consórcio que oferece o serviço continua mesmo após reunião na tarde de hoje

Jhefferson Gamarra e Cleber Gellio | 18/01/2023 16:35
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, antes da reunião no TRT (Foto: Paulo Francis)
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, antes da reunião no TRT (Foto: Paulo Francis)

A prefeita Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), afirmou nesta quarta-feira (18) que está revisando receitas e buscando recursos com o governo estadual e federal para diminuir o repasse do aumento iminente na tarifa do transporte público aos usuários de Campo Grande.

Atualmente o valor da passagem para o transporte convencional está em R$ 4,40, mas de acordo com o Consórcio Guaicurus, o preço teria que aumentar para aproximadamente R$ 8 para subsidiar o reajuste dos trabalhadores da empresa e cobrir o deficit da empresa, que mensalmente gira em torno de R$ 5 milhões.

Em outubro de 2022, época da data-base dos trabalhadores do transporte, cálculos feitos pelo Executivo apontaram que o valor da tarifa deveria ser elevado para R$ 7,80, seguindo um novo modelo de cálculo, que prevê o pagamento pela distância percorrida dos ônibus. No entanto, após aporte do governo do Estado, o aumento foi postergado.

Para evitar o repasse exorbitante aos usuários e por fim à greve dos motoristas, a prefeita Adriane Lopes disse, em reunião realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que está em busca de fontes de recursos para diminuir o percentual de aumento das passagens. O governo do Estado, que na gestão passada firmou parceria para custear a passagens dos estudantes da rede pública, confirmou que irá manter o repasse ao município.

“Trabalhamos para subsidiar recursos do município, fomos em busca do Estado pra eles subsidiarem os alunos da rede estadual. O município aportou alguns recursos e também recebemos recursos do governo federal e diminuir o impacto do valor da tarifa. O novo governador Riedel se comprometeu a manter esse convênio que foi celebrado o ano passado”, adiantou a prefeita.

Sem apresentar detalhes ou cálculos, a chefe do Executivo afirmou que será discutida uma reformulação no cálculo da tarifa e um possível percentual de aumento na tarifa, mas que os R$ 8 propostos pelo consórcio estão fora da realidade.

“Propusemos uma remodelação do transporte público da Capital. Essa reunião aconteceu no Tribunal de Contas do Estado e agora nós vamos propor novamente no retorno da Câmara. Não vamos aceitar esse valor que a empresa está direcionando de 8 reais ou 7,78 como eles estão dizendo. Nessa audiência vamos tratar dessa remodelação. Vamos buscar uma saída juntos com todos os atores interessados, mas a população de Campo Grande não será prejudicada”, prometeu a Adriane.

Sobre o movimento grevista, a prefeita considerou ilegal e criticou a falta de diálogo do Sindicato dos Transportes com o Executivo municipal. “Nós não fomos notificados ou avisados, por isso entramos com uma ação para defender o usuário do transporte coletivo. É uma ação pontual do município e também da agência de regulação. Nós notificamos a empresa de transporte para que ela também se posicione sobre as medidas necessárias, para que usuário não seja prejudicado como foi hoje. A greve é ilegal. Foi uma greve que iniciou sem nenhum aviso prévio”, lamentou a prefeita.

Na ação ingressada no TRT, citada pela prefeita, o Executivo solicitou o imediato retorno do transporte público na Capital sob multa diária de R$ 100 mil ao sindicato e entidades envolvidas.

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