Prefeitura diz que Campo Grande não vai ficar sem varrição nas ruas
Após o romper o contrato com a Solurb e anunciar a suspensão dos serviços de varrição de rua, pintura de meio-fio e capinagem de terrenos, Alcides Bernal (PP) ainda mostra fôlego em seus últimos momentos à frente da administração de Campo Grande. Nesta sexta-feira (30), o ainda prefeito declarou, via assessoria, que as ruas não ficarão sujas e que sete equipes próprias estão incubidas dessa tarefa na região central.
Ontem (29), ao sair de reunião com Bernal, Marquinhos Trad (PSD), que assume a prefeitura na segunda-feira (2), reforçou que tais serviços estavam suspensos. "Bernal me disse que estão suspensos os serviços de varrição, capinagem e pintura de meio fio. Vou respeitar a decisão e só poderei fazer algo a partir de segunda-feira, pois até lá o prefeito ainda é o Bernal", declarou Marquinhos, classificando a atitude do progressista como monocrática.
O clima hostil marca marca a relação dos "dois prefeitos" na última semana do ano. Esta manhã a prefeitura procurou a reportagem para desmentir que Campo Grande está desguarnecida de limpeza. "Marquinhos não é o prefeito e não tem domínio algum para dar declaração sobre o assunto. O que vale é o que atual prefeito passou na coletiva sobre a rescisão do contrato", disse a assessoria, ressaltando a a "sensação de instabilidade" criada desde então.
Do outro lado, o prefeito eleito (Trad) reclama que Bernal rompeu um contrato a três dias de deixar a prefeitura, "em uma decisão unilateral, sem avisar a equipe de transição, prejudicando a cidade", e deixando "mais um problema" para ele resolver. Também estão suspensos os serviços de tapa-buracos por questões contratuais judicializadas e a prefeitura suspendeu a licitação para compra de kits de material escolar.
Também por decisão judicial, estão bloqueadas cinco contas correntes do Município que impedem pagamentos e repasses como, por exemplo, ao hospital do Câncer, que reclama débitos de R$ 1,8 milhão junto ao município.
Resoluções - Sobre a questão do lixo, Trad promete agir a partir de segunda-feira (2) já no cargo de prefeito. Vamos pedir para a Justiça, o Tribunal de Conta e Ministério Público alternativa que a gente deve cumprir”, adiantou. Uma possibilidade para a administração é fazer contrato emergencial.
Contudo, esta opção também só será avaliada após consulta aos órgãos de controle. “Uma coisa eu deixo claro, Campo Grande não vai parar. Vamos criar alternativa para que a rua esteja limpa, para que parque e praças não se encham de mato. O assunto envolve mais do que limpeza, vai até à saúde pública”, diz Trad.