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Capital

Previsto para amanhã, julgamento de ex-major é adiado para segunda

Fabiano Arruda | 10/05/2011 16:08

Julgamento de Sérgio Roberto de Carvalho foi iniciado na semana passada

Na quinta passada, defesa conseguiu adiamento por falha na numeração das páginas do processo. (Foto: João Garrigó)
Na quinta passada, defesa conseguiu adiamento por falha na numeração das páginas do processo. (Foto: João Garrigó)

O julgamento do ex-major da Polícia Militar, Sérgio Roberto de Carvalho, iniciado na semana passada e previsto para prosseguir amanhã, foi adiado para a próxima segunda-feira às 8 horas.

Segundo informações do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior atendeu pedido feito pela promotoria.

Um erro na paginação do processo foi o motivo do primeiro adiamento, na quinta-feira passada. A defesa alegou que, no decorrer da explanação do Ministério Público, a promotoria deveria informar a página correta das provas de acusações no processo, que tem 14 volumes.

A Auditoria Militar acatou o pedido. A promotoria, por sua vez, admitiu a falha. A promotora Tathiana Correa Perereira da Silva Façanha culpou o cartório da Auditoria Militar pelo “lapso e confusão na organização das páginas”.

Para a promotora, o erro ocorreu na renumeração após o desmembramento do processo principal, em que a defesa do ex-major arrolou testemunhas para serem ouvidas na Bolívia e na Colômbia.

A defesa, por sua vez, representada pelo advogado Ivan Lacerda, afirmou que o erro do cartório não influencia no processo, mas “a falta da numeração que indica onde estaria a prova do processo dificulta e confunde a defesa”, sobretudo, durante a apresentação da paginação dos slides utilizada pela promotoria.

Crimes - O ex-major é acusado de envolvimento em vários crimes, desta vez, é julgado por falsificação do selo ou sinal público constatado pelas investigações que resultaram na operação Las Vegas, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2009.

O julgamento de Carvalho só não aconteceu antes porque ele arrolou testemunhas para serem ouvidas na Bolívia e na Colômbia.

A operação Las Vegas que desmantelou a quadrilha apreendeu 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks. A investigação teve início após denúncia anônima e confirmou crimes como furto, chantagem, exercício ilegal de comércio por oficial, prevaricação, cárcere privado e peculato.

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