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Capital

Procon quer que taxa retroativa seja diluída em um ano e sem juros

Superintendente diz que vai marcar reunião com prefeito para a semana que vem

Anahi Zurutuza e Osvaldo Júnior | 31/05/2017 15:08
Operário trabalha na manutenção de poste; taxa é cobrada para que município invista na iluminação das ruas (Foto: Arquivo)
Operário trabalha na manutenção de poste; taxa é cobrada para que município invista na iluminação das ruas (Foto: Arquivo)

Para o Procon de Mato Grosso do Sul, a taxa de iluminação pública retroativa deve ser cobrada de forma parcelada, por um ano, e sem a incidência de juros e correção monetária para não encarecer demais as contas de energia dos consumidores de Campo Grande. A sugestão será feita à Prefeitura de Campo Grande pelo superintendente do órgão, Marcelo Salomão.

“É uma questão de bom senso”, afirma Salomão. O superintendente diz que vai agendar uma reunião com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e o Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica da Área de Concessão da Energisa para a próxima semana.

Cosip – Cobrada há 12 anos em Campo Grande, a suspensão da provocou polêmica e foi parar no Poder Judiciário logo depois de promulgada pela Câmara Municipal a lei complementar nº 285.

O TJ-MS (Tribunal de Justiça) negou liminar pedida pela prefeitura, ainda na gestão de Alcides Bernal (PP) e manteve suspensa a cobrança da Cosip (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública). Passado os seis meses, a taxa voltou a ser cobrada em 21 de janeiro de 2017.

Neste ano, contudo, os desembargadores do Órgão Especial do TJMS entenderam que a lei realmente era inconstitucional, como alegava a administração passada.

Ficou determinado então que os valores que não foram cobrados durante o período em que a taxa ficou suspensa sejam recolhidos.

Em reunião nesta terça-feira (30), prefeitura e Energisa definiram que vão cobrar a Cosip retroativa por seis meses, embutindo o valor nas contas de energia. Ou seja, além da taxa já cobrada mensalmente, contribuintes terão de arcar com um segundo acréscimo no valor do consumo de energia elétrica.

A Energisa vai levanta o quanto exatamente o município deixou de arrecadar – estima-se que sejam cerca de R$ 42 milhões.

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