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Capital

Sargento da PM é condenado pela 2ª vez e pena supera 22 anos de prisão

Ricardo Campos Figueiredo foi condenado por organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça

Kerolyn Araújo | 18/12/2018 16:15
Operação do Gaeco mirou militares envolvidos em esquema de contrabando de cigarros. (Foto: Saul Schramm)
Operação do Gaeco mirou militares envolvidos em esquema de contrabando de cigarros. (Foto: Saul Schramm)

O sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, preso em maio deste ano durante a Operação Oiketicus, passou pelo segundo julgamento nesta terça-feira (18) e foi condenado a mais 3 anos e 6 meses de prisão por obstrução de Justiça. Ele destruiu dois celulares que deveriam ser entregues ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Na segunda-feira (17), o sargento passou pelo primeiro julgamento e foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A soma das penas ultrapassa 22 anos de prisão.

Conforme o MPE/MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), investigações apontaram movimentações bancárias sem comprovações entre o filho de Ricardo e pessoas envolvidas na máfia dos cigarreiros. Em quatro meses, o valor das transações ultrapassou a quantia de R$ 1 milhão.

Além de Ricardo, mais 11 militares envolvidos no esquema de contrabando de cigarros já foram julgados.

Operação - A Oiketicus –nome científico do bicho-cigarreiro– foi deflagrada para apurar a atuação de policiais militares, incluindo oficiais, visando a favorecer contrabandistas ao longo da fronteira com o Paraguai.

Segundo as apurações, policiais de patentes mais altas ou de posição de destaque no esquema usavam de influência para abrir caminho para os contrabandistas. Em troca, recebiam propinas que variavam de R$ 500 a R$ 600 semanais a R$ 100 mil mensais – caso dos “cabeças”.

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