ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Sem demitir ninguém, Prefeitura corta R$ 400 mil de convênios irregulares

Associações denunciam que recurso para pagamento de funcionários foi reduzido sem explicação

Mayara Bueno e Alberto Dias | 28/06/2016 10:46
Presidente da Seleta, Gilbraz Marques. (Foto: Fernando Antunes)
Presidente da Seleta, Gilbraz Marques. (Foto: Fernando Antunes)

A Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária denunciam que a Prefeitura de Campo Grande deixou de repassar R$ 400 mil, a título de pagamento dos convênios que mantém com as entidades. As associações são parte de um processo judicial, em que o Município é obrigado a demitir 4,3 mil funcionários mantidos pelos contratos, mas, até agora, ninguém foi desligado.

Nesta terça-feira (28), as duas entidades afirmaram que, há um mês, a Prefeitura deixou de repassar R$ 200 mil, para cada, e sequer explicaram o motivo. De acordo com o presidente da Seleta, Gilbraz Marques, a folha mensal da entidade com o Município é de R$ 3 milhões - montante para pagamento de funcionários que atuam por meio dos convênios -, mas, em maio, houve a redução.

A mesma situação é relatada pela tesoureira da Omep, Aliny Aparecida de Souza. Neste caso, a folha custa R$ 2,8 milhões, mas mês passado, o recurso foi repassado com a redução da mesma quantia vetada na Seleta.

Obrigado a romper os convênios, a Prefeitura já mudou a lista das primeiras pessoas que seriam demitidas, questionou os valores das rescisões e, por fim, disse que não pagará as remunerações referentes aos funcionários que atuam nas entidades, mas trabalham por meio do convênio com o Executivo Municipal.

Desde segunda-feira (27), o Campo Grande News tenta contato com a Prefeitura de Campo Grande, por meio de sua assessoria de comunicação. À reportagem, o Município respondeu, apenas, que ainda está dentro do prazo para enviar à Justiça o plano de demissão controlada, que vence em 5 de julho. Mas não explica, nem justifica a situação denunciada pelas entidades.

Nos siga no Google Notícias