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Capital

Suspeito de abrir fogo em tabacaria da Capital é pistoleiro de Minotauro

Após discussão, trio abriu fogo contra tabacaria e fugiu em carro blindado

Dayene Paz | 30/05/2022 12:27
Marcas de tiro na boate da Euclides da Cunha, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Marcas de tiro na boate da Euclides da Cunha, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

Marcos Paulo Pereira Valdez, de 28 anos, um dos homens que abriram fogo contra uma tabacaria na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, na madrugada de sábado (28), é considerado um dos “cabeças” do grupo de pistoleiros de Sérgio Arruda Quitiliano, o Minotauro — membro da maior facção criminosa do Brasil e conhecido por chefiar uma espécie de grupo de pistoleiros e matadores de aluguel no Paraguai.

No sábado, Marcos Paulo estava acompanhado de João Pedro de Souza Martins, 27, e Celso Patrick Gabilão Marques, 25, na tabacaria. Eles teriam discutido com um militar do Exército, de 22 anos, e chegaram a afirmar que pertenciam ao "Comando de Ponta Porã". Depois, abriram fogo contra o estabelecimento e fugiram em um Chevrolet Cruze blindado.

Na região da Rua 14 de Julho, equipe da Guarda Municipal flagrou os suspeitos em alta velocidade e na contramão. Ordem de parada foi dada, mas o trio fez manobra arriscada e fugiu. Eles foram perseguidos, mas conseguiram escapar. Momentos depois, o Cruze foi encontrado abandonado na área da antiga rodoviária.

Chevrolet Cruze usado por criminosos foi abandonado pouco depois de disparos em tabacaria. (Foto: Kísie Ainoã)
Chevrolet Cruze usado por criminosos foi abandonado pouco depois de disparos em tabacaria. (Foto: Kísie Ainoã)

Além de ser apontado como um dos cabeças do grupo de pistoleiros de Minotauro, Marcos Paulo fez parte da fuga em massa do Presídio de Pedro Juan Caballero em janeiro de 2020. Na ocasião, 75 presos fugiram da penitenciária em um plano que custou R$ 6 milhões a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

O objetivo da fuga era resgatar seus principais líderes regionais que estavam no presídio e fortalecer o efetivo para fazer frente à guerra travada há anos com os rivais da facção carioca Comando Vermelho.

Já Celso Patrick Gabilão, que estava com o grupo que abriu fogo contra a tabacaria, também é procurado pela polícia. Em julho de 2019, na disputa do controle da fronteira, ele foi ferido a tiros em Ponta Porã durante atentado.

Prisão de Minotauro - O narcotraficante - considerado um dos mais poderosos no mundo do tráfico de drogas pela fronteira do Brasil - foi preso em fevereiro de 2019, em um condomínio de luxo de Balneário Camboriú, SC, graças ao apoio de policiais federais de Mato Grosso do Sul.

Entre os crimes atribuídos a Minotauro, está o assassinato do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37, ocorrido no dia 6 de março de 2018, em Ponta Porã.

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