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Capital

Tribunal de Justiça manda soltar dois presos em operação no Detran

Dono e funcionário do a Digix, antiga Digitho Brasil, conseguiram habeas corpus

Nyelder Rodrigues | 29/08/2017 23:57
Operação foi deflagrada durante a manhã e prendeu várias pessoas, cumprindo também buscas e apreensões (Foto: Marcos Ermínio)
Operação foi deflagrada durante a manhã e prendeu várias pessoas, cumprindo também buscas e apreensões (Foto: Marcos Ermínio)

O sócio da empresa Digitho Brasil, Jonas Schimidt das Neves, e o secretário Claudinei Martins Rômulo, conseguiram no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a concessão de habeas corpus. A decisão foi tomada pelo desembargador de plantão, João Maria Lós, e os dois foram soltos ainda na noite desta terça-feira (29).

Jonas e Claudinei foram presos na manhã de ontem na operação Antivírus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Campo Grande, tendo como alvo principal o Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), analisando contratos firmados pelo órgão.

O advogado da dupla, Ronaldo Franco, protocolou a medida no TJ no começo da noite. O defensor frisa que a prisão não tem fundamento, já que a DigithoBrasil não possui contrato com o Detran.

Os clientes de Franco estavam em celas da 3ª Delegacia de Polícia. Conforme apurou o Campo Grande News, dos alvos da operação levados para a unidade da Polícia Civil no Carandá, apenas Ary Rigo continua preso no local.

Entre as medidas impostas por Lós para eles permanecerem soltos, está o comparecimento periódico em juízo e proibição de frequentar as dependências do Detran e de manter contato com funcionários do órgão. Ele considerou ainda que é desnecessário o uso de tornozeleira já que não há indício de fuga.

Operação - Pelo menos 20 endereços foram visitados pela equipe da Gaeco nesta terça, sendo que oito empresas são investigadas no Estado por possível participação em crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Nove mandados de preventiva e três mandados de prisão temporária foram cumpridos, além de 29 mandados de busca e apreensão. Mais de R$ 95 mil em dinheiro foram apreendidos. A investigação, segundo o MPE ((Ministério Público Estadual), começou em 2015. Não foram informados o valor dos contratos sob apuração.

O ex-deputado estadual Ary Rigo, Jonas e Claudinei Mastins, foram presos temporariamente e são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, além de participar de organização criminosa.

Já os presos preventivamente foram o diretor-presidente do Detran, Gerson Claro Dino, o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o chefe de departamento Erico Mendonça, o diretor administrativo e financeiro, Celso de Oliveira, e o diretor de Tecnologia, Gerson Tomi. A situação fez com que o Governo determinasse rigorosa apuração dos fatos.

Também foram presos em medida preventiva José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa Pirâmide Informática, além de Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, servidor público estadual lotado na Secretaria de Governo (Secretaria de Governo e Gestão Estratégica Mato Grosso do Sul).

Matéria editada às 6h51 para acréscimo de informação. 

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