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Capital

Violência fora de tatame, que provocou morte, preocupa federação de luta livre

Viviane Oliveira | 23/03/2011 17:05

Utilizar as artes marciais para auto afirmação é um desvio sócio-esportivo

Carlos André e Caio Luiz. (Foto: divulgação)
Carlos André e Caio Luiz. (Foto: divulgação)

Presidente da Federação de Luta Livre de MS, Carlos André Marinho, diz estar preocupado com as últimas notícias sobre a violência fora dos tatames. De acordo com ele, a federação acompanha pela mídia o caso do segurança Jefferson Bruno Escobar, 23 anos, morto no último dia 19 com um soco desferido por Chistiano Luna Almeida, 23 anos, que pratica jiu-jitsu.

“O que nos preocupa é a divulgação negativa sobre a prática dos esportes de combate. O jiu-jitsu, já passou por um período onde os praticantes levavam a fama de violentos”, disse o presidente.

Segundo Carlos, depois de algum tempo, se começou a entender que uma coisa é a pratica da luta esportiva seja no Boxe, Muay Thai, Luta Livre, Jiu Jitsu, Judô, Karatê, outra é educação.

Para Carlos, utilizar as artes marciais para auto afirmação é um desvio sócio-esportivo que os professores devem combater em suas academias, mas que por vezes os próprios professores são as razões desses desvios de conduta.

As artes marciais, em especial as orientais, são excelentes na doutrina e filosofia do bem, sempre difundidas pelo princípio do equilíbrio entre corpo e espírito. “Já no mundo ocidental temos por falta dessa didática uma vocação agressiva que vai ao encontro de profissionais de lutas com personalidade “selvagens”, disse”.

Conforme o presidente, o atleta ou competidor tem que ter compromisso com sua modalidade e com a academia. Quem está focado em competições esportivas seja amadora ou profissional, não tem tempo nem interesse para excessos fora do ringue.

“O principal papel do mestre é educar o aluno a não brigar e sim lutar”, finaliza Carlos.

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