Diretor do HU não justifica "bolo" e CPI fala em detenção de até seis meses
O diretor-geral do Hospital Universitário, Cláudio Wanderley Saab, enviou ofício, mas não justificou o “bolo” na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa. A falta de justificativa para a ausência revoltou os deputados que compõem a comissão. Eles ameaçam usar o Código Penal contra o médico, que pode ser condenado até a seis meses de detenção.
Os parlamentares estão ouvindo, na tarde de hoje (22), o presidente do CRMS/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), Luiz Henrique Mascarenhas Moreira.
De acordo com o presidente da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PT), o ofício do médico do HU foi uma “afronta”. Ele disse que o comunicado de que ele não iria só chegou à comissão na manhã desta quinta-feira.
Saab informou apenas que não poderia comparecer. Não apontou nenhum motivo específico nem qual o compromisso inadiável teria a cumprir. Em entrevista ao Campo Grande News na segunda-feira, ele disse que ia para Goiânia (GO) buscar recursos para o HU.
A CPI decidiu que o diretor-geral do HU será convocado novamente para depor na próxima quinta-feira (29). Se não comparecer pela segunda vez, Saab poderá ser multado conforme o artigo 330 do Código Penal, sobre desobediência a determinação de funcionário público. O item prevê pena de detenção de 15 dias a seis meses e multa.
Cruz ressaltou que ele deverá anexar na justificativa provas do compromisso inadiável previsto para hoje à tarde.