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Cidades

Dono de gráfica preso na Lama Asfáltica tenta liberdade em tribunal

Aline dos Santos | 17/05/2017 07:41
Gráfica Alvorada é apontada como ponto de lavagem de dinheiro. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Gráfica Alvorada é apontada como ponto de lavagem de dinheiro. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Preso na 4ª fase da operação Lama Asfáltica, o dono da Gráfica Alvorada também busca a liberdade no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), com sede em São Paulo.

O pedido de habeas corpus de Micherd Jafar Júnior tramita desde ontem e foi distribuído para o desembargador Paulo Fontes, que já concedeu liminar e pôs em liberdade o ex-secretário adjunto da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), André Luiz Cance.

Ambos foram presos na última quinta-feira (dia 11) em Campo Grande, durante a operação Máquinas de Lama, uma nova etapa da Lama Asfáltica deflagrada pela PF (Polícia Federal). Ontem, Cance deixou o Centro de Triagem “Anízio Lima” em silêncio.

Ele é apontado como gerenciador de planilhas de propina. O MPF (Ministério Público Federal) sustenta que Cance é “possivelmente uma das pessoas que mais enriqueceu com as práticas criminosas contra o erário sob investigação”.

Já uma das suspeitas levantada sobre Micherd é dilapidação de patrimônio “para evitar o ressarcimento ao erário e manter uma vida de luxo, com possibilidade de prosseguir nas atividades criminosas”. A gráfica seria utilizada para lavagem de dinheiro.

Também segue preso Jodascil da Silva Lopes, que é ex-servidor SED (Secretaria de Estado de Educação). Ele se entregou à polícia na última segunda-feira (15). A operação ainda resultou no uso de tornozeleira eletrônica para monitorar os passos do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que deve pagar fiança de R$ 1 milhão.

O prejuízo aos cofres públicos calculado pela força-tarefa é de R$ 150 milhões. O grupo é formado por PF, MPF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

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