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Cidades

Governo afirma que PM não usou arma letal durante confronto em aldeia

Aliny Mary Dias | 30/05/2013 15:49
Área do conflito, imprensa não pode se aproximar.
Área do conflito, imprensa não pode se aproximar.

O Governo de Mato Grosso do Sul publicou uma nota na tarde desta quinta-feira (30) afirmando que a Polícia Militar não usa munição letal durante ações como a reintegração de posse da fazenda Buriti em Sidrolândia. O indígena Oziel Gabriel, de 35 anos, morreu e pelo menos outros seis ficaram feridos e foram socorridos até hospitais de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

De acordo com a nota do Governo, a Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) é especializada para atuar em ações desse tipo e o único tipo de munição usada é bala de borracha.

O Governo confirma a informação repassada pela Polícia Federal que os índios estavam armados e reagiram com tiros contra os policiais. A corporação informou que três agentes ficaram feridos, mas o estado de saúde deles ainda não foi informado.

O governador André Puccinelli tentou contato com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para informar sobre o confronto. Segundo a nota, o contato foi feito “no sentido de aliviar a tensão e evitar novos conflitos, considerando que a questão fundiária e dos interesses dos indígenas é responsabilidade da União”.

De acordo com o Governo, o contato não foi possível e o general Roberto Sebastião Peternelli, que substitui o ministro-chefe do Gabinete de Segurança da Presidência da República, foi informado sobre a situação.

A saída da Polícia Militar da área, segundo o Governo, só será autorizada se houver determinação da Justiça.

Confronto – O comandante da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos disse ao Campo Grande News que a área já foi desocupada, porém, um novo reforço policial da tropa de choque de Dourados foi solicitado.

A fazenda foi invadida pelos terenas em 15 de maio. No mesmo dia, saiu uma decisão para que os índios deixassem o local. Mas a reintegração não foi cumprida no dia 18 e a decisão acabou suspensa até ontem, quando foi realizada audiência na Justiça Federal. Sem acordo entre as partes, o juiz Ronaldo José da Silva determinou o cumprimento da reintegração de posse.

Os índios reivindicam 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terra indígena.

A operação da manhã desta quinta conta com a Polícia Federal, Polícia Militar, Bombeiros, médicos do Samu e policiais da Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe).

O vídeo abaixo foi gravado pelos índios e divulgado pelo Cimi. Segundo o Cimi, a legenda é precária, mas o órgão resolver divulgar o material depois do confronto ocorrido em Sidrolândia

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