Grupo que explodiu 3 casas teria extorquido comerciante para não atacá-lo
Falando em português e com número brasileiro, bandido teria pedido 200 mil dólares para livrar empresário das ações criminosas
O Ministério Público do Paraguai investiga se grupo que explodiu três casas e uma empresa de venda de carros, em Ypehú, cidade paraguaia que faz divisa com Paranhos, a 469 km de Campo Grande, extorquiu outro comerciante. A proposta dos criminosos seria de “livrar” empresário de próximo ataque.
Primeiro ataque ocorreu na madrugada do último dia 19 de dezembro, quando cerca de 30 homens, em cinco caminhonetes invadiram a propriedade, no Bairro Virgen del Rosario. O alvo do ataque a bombas e tiros era Zacarias Alderete Peralta, considerado um dos principais chefes do tráfico de drogas, na região.
Denúncia - Após isso, um empresário conhecido no Paraguai, que não teve o nome revelado, registrou denúncia no Ministério Público, onde atua o promotor Lucrécio Cabrera. Segundo ele, este grupo teria pedido 200 mil dólares para que o comerciante não fosse o próximo alvo.
“Ainda temos poucas informações, mas os bandidos teriam pedido US$ 200.000,00. O suposto autor é brasileiro e o número de telefone também é brasileiro”, disse.
Além da denúncia, o comerciante foi até Assunção, onde se reuniu com o comandante da Polícia Nacional, Gregorio Vazquez. O promotor explicou que as medidas preventivas estão nas mãos da instituição policial. O promotor lembrou que a ameaça de morte é uma acusação particular.
Ligação com o 1º ataque - Segundo o Ultima Hora, familiares do comerciante se recusaram a comentar o incidente, mas fontes revelam que no dia do ataqeue à família Alderte, atiradores teriam avisado que se o valor pedido não fosse enviado em 15 dias, eles sofreriam as mesmas consequências.
A população da região de Ypejhú está abalada depois do último ataque que transformou a cidade fronteiriça em um verdadeiro campo de batalha.
O delegado de polícia Vidal Achucarro, de Canindeyú, afirmou que a 6ª Delegacia tem efetivo e armamento, suficientes, para proporcionar segurança à população. No entanto, a unidade tem apenas 12 policiais. O governo acredita que se trata de uma guerra do narcotráfico.