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Comissões têm até 2ª para decidir sobre pedidos de cassação de vereadores

Idenor Machado, Pedro Pepa, Cirilo Ramão e Denize Portolann entregaram defesa e comissões vão emitir parecer, decidindo pela continuidade ou não dos processos por quebra de decoro

Helio de Freitas, de Dourados | 07/03/2019 09:58
Pedro Pepa, um dos vereadores de Dourados que enfrentam pedido de cassação por corrupção (Foto: Divulgação)
Pedro Pepa, um dos vereadores de Dourados que enfrentam pedido de cassação por corrupção (Foto: Divulgação)

As quatro comissões processantes instaladas há um mês têm até segunda-feira (11) para emitirem parecer pela continuidade ou pelo arquivamento dos pedidos de cassação de quatro vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Ao Campo Grande News, o presidente da Câmara, Alan Guedes (DEM), disse que Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM), Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Denize Portolann (PR) entregaram a defesa na semana passada.

Após receberem a defesa, as comissões processantes têm cinco dias para emitir um parecer, pela continuidade ou pelo arquivamento dos pedidos de cassação, apresentados pelo Movimento Dourados contra a Corrupção.

Segundo Alan Guedes, em caso de parecer pelo arquivamento do pedido de cassação, a decisão final será tomada em plenário. “Se a comissão deliberar pelo prosseguimento do processo, segue até o final e só depois vai a plenário”, explicou.

Presidente da Câmara por seis anos, Idenor Machado foi denunciado na Operação Cifra Negra, desencadeada em dezembro pelo Ministério Público para desmantelar um esquema de corrupção no Legislativo. Cirilo e Pepa também foram denunciados na mesma operação.

Os três foram presos em 5 de dezembro junto com dois ex-funcionários da Câmara e cinco empresários de Campo Grande, mas atualmente apenas Idenor e Cirilo estão presos, acusados de violar medidas cautelares impostas no habeas corpus do Tribunal de Justiça.

Denize Portolann, presa há quatro meses no presídio feminino de Rio Brilhante, é ré na Operação Pregão, que descobriu falcatruas envolvendo licitações fraudulentas na prefeitura. Na época, ela era secretária de Educação.

Instaladas no dia 4 de fevereiro, as comissões processantes tiveram acesso há duas semanas às provas apuradas nas duas operações. O compartilhamento foi autorizado pelo Judiciário.

Idenor, Cirilo e Pepa foram denunciados com outras 11 pessoas na Operação Cifra Negra, que investiga esquema criminoso de pagamento de propina a vereadores e servidores por empresas de tecnologia contratadas pela Câmara a preços superfaturados.

Denize Portolann é acusada de integrar a organização criminosa instalada no setor de licitação da prefeitura, chefiada pelo ex-secretário de Fazenda João Fava Neto e pelo ex-diretor de licitação Anilton Garcia de Souza, também presos.

A trama envolvia dispensa ilegal de licitação para contratação de empresas aliadas do esquema, que retribuíam pagando propina aos servidores municipais.

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