Juiz decreta prisão de vereador acusado de visitar Câmara à noite
Cirilo Ramão é segundo vereador investigado na Operação Cifra Negra a ter liberdade revogada acusado de descumprir medidas cautelares; TJ tinha confirmado habeas corpus dele no dia 29
O vereador afastado Pastor Cirilo Ramão (MDB), Um dos indiciados na Operação Cifra Negra, que investiga corrupção no Legislativo municipal, terá de voltar para a cadeia em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Nesta sexta-feira (8), o juiz da 1ª Vara Criminal Luiz Alberto de Moura Filho decretou a prisão de Cirilo a pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O Campo Grande News apurou que ele deve se apresentar à polícia nas próximas horas.
Afastado do mandato desde que foi preso pela primeira vez, em 5 de dezembro, o pastor-vereador é acusado de descumprir medidas cautelares impostas no habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de MS.
O MP afirma que Cirilo Ramão esteve à noite na sede da Câmara de Dourados, no dia 5 de janeiro, um sábado. Entre as medidas impostas para que ele ficasse em liberdade provisória está a proibição de sair de casa após 18h. Câmeras de segurança teriam registrado a presença do vereador no local.
No dia 18 de janeiro, outro vereador implicado na mesma operação, o ex-presidente da Câmara Idenor Machado (PSDB) também foi preso acusado de descumprir a ordem judicial ao visitar a Câmara.
Três dias depois, o desembargador Paschoal Carmello Leandro acatou os argumentos da defesa e revogou o mandado de prisão. Idenor foi solto no mesmo dia, mas voltou para a cadeia em 30 de janeiro, um dia depois de o plenário do TJ revogar a liberdade provisória.
O mesmo tribunal manteve o habeas corpus dos outros dez envolvidos, incluindo Cirilo Ramão e o também vereador afastado Pedro Pepa (DEM).
Até agora, Idenor era o único dos 11 denunciados na Operação Cifra Negra a ficar preso. Ele está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) desde segunda-feira (4), para onde Cirilo deve ser levado assim que o mandado expedido hoje for cumprido.