Delegado diz que investigação sobre morte de Rocaro está avançada
Segundo Odorico Ribeiro de Mendonça, laudos confirmam as informações que estão sendo apuradas
Responsável pela investigação sobre o assassinato do jornalista Paulo Rocaro, o delegado de Polícia Civil Odorico Ribeiro de Mendonça, afirma que o trabalho está avançado. “As investigações estão bem avançadas”.
Ele explica que não pode fornecer detalhes da apuração porque o caso está sob sigilo. Diz apenas que laudos periciais já estão com ele e confirmam o que está sendo apurado.
Entre as perícias que foram realizadas, está a que foi feita na pistola 9 milímetros apreendida com o paraguaio Jacinto Ramon Cristaldo, conhecido na fronteira como pistoleiro e que já está preso.
O exame de microscopia balística na arma era para saber se os tiros que mataram Rocaro saíram da pistola apreendida com Jacinto. O resultado foi negativo, conforme já era esperado pela Polícia, declara Odorico.
A investigação já descartou que o assassinato de Rocaro tenha sido passional ou por dívidas, reforçando a tese de que a morte está relacionada ao trabalho da vítima como jornalista.
Paulo Rocaro foi baleado na noite de 12 de fevereiro por uma dupla de motocicleta. Ele conduzia um Fiat Idea e sofreu a emboscada na avenida Brasil.
O jornalista retornava da casa do ex-prefeito de Ponta Porã, Vagner Piantoni (PT), de quem era amigo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada do dia seguinte.
Ex-policial, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.