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Interior

Governador diz que investigações sobre morte de Rocaro vão trazer surpresas

Fabiano Arruda e Aline dos Santos | 23/04/2012 15:23
Governador André Puccinelli concede entrevista durante agenda pública nesta segunda. (Foto: Minamar Junior)
Governador André Puccinelli concede entrevista durante agenda pública nesta segunda. (Foto: Minamar Junior)

O governador André Puccinelli (PMDB) comentou, durante agenda pública nesta segunda-feira, sobre as investigações acerca da morte do jornalista Paulo Rocaro, assassinado com tiros de pistola no dia 12 de fevereiro em Ponta Porã.

“O fio deste novelo vai trazer belas surpresas”, afirmou, ressaltando que confia no trabalho do secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini.

Durante entrega de medalhas no Comando da Polícia Militar em Campo Grande nesta manhã, Jacini disse que as apurações estão avançadas, antes de definir o caso como complexo e planejado, "típico de um crime de pistolagem, encomendado, na linha de fronteira".

Para o secretário, todas as linhas, das muitas que surgiram até agora, segundo ele, estão sendo apuradas pela Polícia. O titular da Sejusp ainda destacou que enquanto a autoria do crime não for identificada a conclusão do inquérito será prorrogada.

Informações dão conta de que a morte de Rocaro teria ligação com a política. No dia do crime, o jornalista voltava da casa do ex-prefeito de Ponta Porã, Vagner Piantoni (PT), de quem era amigo.

O delegado Odorico Ribeiro de Mendonça, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta, não comentou detalhes do caso sob argumento de que as apurações estão sob sigilo, contudo, disse partilhar da opinião de Jacini sobre o estágio avançado das investigações.

Uma pessoa já teria sido indiciada, informação oficialmente não confirmada. A investigação já descartou que o assassinato de Rocaro tenha sido passional ou por dívidas, reforçando a tese de que a morte está relacionada ao trabalho da vítima como jornalista.

Paulo Rocaro foi baleado na noite de 12 de fevereiro por uma dupla de motocicleta. Ele conduzia um Fiat Idea e sofreu a emboscada na avenida Brasil. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada do dia seguinte.

Ex-policial, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.

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