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Interior

"Ficante" de ex-namorada, suspeito de matar jogador é procurado pela polícia

Danilo Alves Vieira da Silva, 19, é suspeito de matar a tiros e depois esquartejar Hugo Vinícius Skulny

Anahi Zurutuza e Salatiel Assis, de Sete Quedas | 05/07/2023 14:35
Danilo Alves Vieira da Silva, 19, é principal suspeito de atirar e esquartejar jogador de futebol em Sete Quedas (Foto: Reprodução das redes sociais)
Danilo Alves Vieira da Silva, 19, é principal suspeito de atirar e esquartejar jogador de futebol em Sete Quedas (Foto: Reprodução das redes sociais)

Danilo Alves Vieira da Silva, 19, suspeito de matar a tiros e depois esquartejar o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, ainda é procurado pela Polícia Civil. A ex-namorada do jogador, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, 21, está presa e um amigo dela, conhecido como “Maninho”, que teria testemunhado o assassinato, apesar de ter admitido que ajudou a “se livrar” do corpo do atleta, segue como colaborador da investigação, em liberdade.

Nesta manhã, foi Maninho quem guiou investigadores e a Polícia Científica na reconstituição feita na casa de Rubia, local onde Hugo Vinícius teria levado o primeiro tiro, segundo o rapaz.

Agora à tarde, a testemunha segue para a propriedade rural que pertenceria ao pai de Danilo, local onde a polícia acredita que o cadáver foi separado em partes para ser lançado no Rio Iguatemi. Maninho diz que o corpo foi jogado inteiro e afundou no rio.

Segundo a delegada Lucélia Constantino, a investigação caminha para o fim. “Logo, poderemos entregar para a sociedade e para a família da vítima o caso elucidado. Hoje, estamos fazendo a reprodução simulada dos fatos, cumprindo várias buscas, mas não podemos dar mais detalhes para não prejudicar os trabalhos”, explicou.

O corpo do jogador foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Ponta Porã e ainda passa por necropsia.

Prisão – Rubia Joice está presa desde esta segunda-feira (3), quando se apresentou acompanhada de advogados na Delegacia de Polícia de Tacuru. Ela foi interrogada ontem (4) em Sete Quedas. A polícia trabalha com a hipótese de a jovem estar envolvida em plano para matar o jogador, mas ela nega ser a mandante do crime, ter atraído Hugo até a casa dela e também ter ajudado a “dar fim” ao corpo do atleta.

A ex-namorada já havia sido ouvida pela polícia e ontem, admitiu que mentiu. No novo depoimento, contou que estava em casa com Danilo quando Hugo Vinícius teria invadido a residência e entrado no quarto dela, a xingando de vagabunda. Houve discussão e ela se levantou para empurrá-lo para fora de casa, quando de repente, pelas suas costas, Danilo atirou contra Hugo.

Ela diz que o “ficante” fez ameaças de morte a quem contasse sobre o ocorrido e então, ele e Maninho, que também estava no local, colocaram o corpo no carro de Rubia para se livrarem dele. Disse que não sabia o que havia sido feito do cadáver, muito menos do esquartejamento.

Já na versão de Maninho, ele estava dormindo quando ouviu discussão entre Danilo e Hugo e, logo em seguida, barulho de tiro. Ao sair para ver o que estava acontecendo, encontrou o jogador caído no chão, ainda respirando, e então perguntou a Rubia e ao “ficante” dela o que eles haviam feito.

Neste momento, a garota teria dito que ele não devia falar com ninguém e só fazer o que Danilo mandasse. O corpo de Hugo estava caído na porta da casa.

Ainda de acordo com Maninho, Danilo decidiu colocar Hugo no carro de Rubia e levar para o rio. Ele afirma que foi ameaçado pelo autor que estava armado e o ajudou a pegar a vítima pelas pernas e colocar no veículo da jovem.

Os dois seguiram até a propriedade rural, que seria do pai de Danilo e lá, o autor deu mais dois tiros na testa de Hugo. Em seguida, jogaram o corpo inteiro no rio. Maninho afirma que viu o cadáver da vítima desaparecer nas águas e que ele não estava esquartejado.

O crime – Conforme a investigação, na madrugada do dia 25 de junho, o jogador de futebol saiu de uma festa em Pindoty Porã, no Paraguai, que faz fronteira com Sete Quedas - cidade a 471 km de Campo Grande, no sul do Estado. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e desde então não havia mais sido visto.

No domingo, 2 de julho, partes do corpo de Hugo começaram a ser encontradas no Rio Iguatemi. Uma tatuagem ajudou na identificação da vítima.

Ainda segundo a polícia, o jogador foi morto com três tiros, pelo menos um deles na cabeça, e esquartejado com uma serra elétrica.

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