Homem é preso por manter namorada em cárcere e falsificar documentos para facção
Vítima contou que namorado é integrante de facção, falsificava documentos e dava apoio em fugas e roubos
Um homem, de 35 anos, foi preso por manter a namorada em cárcere privado e por falsificar documentos para facção criminosa. A prisão aconteceu no domingo (12) em Ponta Porã, fronteira com Paraguai, distante 313 km de Campo Grande.
A mulher, teria enviado mensagem ao ex-marido pedindo socorro. O homem repassou a informação ao delegado da cidade de Rosana (SP) que entrou em contato com o delegado de Ponta Porã e repassou a situação.
Com a informação de sequestro e cárcere a Polícia Militar foi até a residência, no Bairro Flamboyant. Foi constatado que o casal estava trancado dentro de um dos quartos da casa. Ao sair do cômodo, a polícia encontrou um prato com resquícios de cocaína e uma pistola falsa.
Em outro quarto, onde ficava os objetos e pertences pessoais do suspeito, foi localizado outro prato com a droga, 4 pastas de arquivos, 4 envelopes pardo e 1 caderno de anotações de valores com vários selos cartorários, certidões, certidões de antecedentes, documentos pessoais e constâncias para ingresso em universidades brasileiras de medicinas, que segundo a namorada, o suspeito cobrava valor acima de 15 mil.
Chorando, a mulher contou que pediu ajuda ao ex-marido, pois o autor não a deixa sair de casa sem ele, pois só ele tem a chave da residência, que o homem a obrigava a cheirar cocaína, a insulta e que a ameaça de morte dizendo que se ela dissesse algo a alguém 'cheiraria cocaína na lápide dela'. À polícia, a vítima ainda contou que o suspeito clonou seu celular e tinha acesso a seu dinheiro, além de seus dados pessoais e bancários.
Contou ainda que o namorado é faccionado e que tem contato direto com presidiários, inclusive é responsável por falsificar documentos para os criminosos, além de dar apoio a fuga e possíveis roubos.
Diante das acusações e materiais apreendidos, o autor foi encaminhado, com uso de algemas, pois estava nervoso, para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, onde o caso foi registrado como falsificação de papéis públicos, tráfico de drogas e sequestro e cárcere privado.