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Interior

Índios trancam portão de sítio ocupado e plantam banana onde tinha milho

Sete propriedades continuam ocupadas na região norte da cidade; primeira invasão começou há cinco meses e três mandatos de reintegração de posse já foram expedidos pela Justiça

Helio de Freitas, de Dourados | 01/08/2016 11:32
Clima voltou a ficar tenso em um dos sítios invadidos em Dourados (Foto: Helio de Freitas)
Clima voltou a ficar tenso em um dos sítios invadidos em Dourados (Foto: Helio de Freitas)

O clima voltou a ficar tenso em um dos sítios invadidos por índios no município de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Após a colheita na propriedade localizada na margem do anel viário, no trecho entre a MS-156 e a BR-163, os índios teriam trancado o portão com corrente e cadeado e começaram a plantar banana da área onde foi retirado o milho.

A proprietária, Adelina Oshiro, fez boletim de ocorrência na polícia para denunciar o caso após ser impedida de ter acesso ao sítio. Policiais militares e o advogado dos sitiantes, João Waimer Moreira Filho, estiveram no local para conversar com os índios, mas não houve avanço.

Agressivos – Proprietários de terras invadidas pelos índios em Dourados denunciam que o número de barracos nos cinco sítios ocupados aumenta a cada semana. “Eles estão extremamente agressivos e falam que não vão deixar a gente mexer na terra. Eles sabem da liminar da Justiça, mas não se importam com as leis”, afirmou uma moradora ao Campo Grande News.

A reintegração de posse do sítio de Adelina Oshiro, invadido no dia 5 de abril, foi determinada pela Justiça Federal no início de julho.

Também no mês passado, a Justiça concedeu liminar determinando a reintegração de posse da propriedade do agricultor Nobuaki Sasaki, também localizada na margem do anel viário.

Em abril, o juiz federal Jânio Roberto dos Santos já tinha determinado a reintegração de cinco propriedades, localizadas nos fundos da Unigran, mas a ordem judicial até agora não foi cumprida.

João Waimer Moreira Filho já recorreu ao TRF (Tribunal Regional Federal) para pedir uso de força policial para o despejo dos cinco sítios ocupados em março, mas os outros dois mandados ainda estão no prazo determinado para a Funai fazer a desocupação de forma pacífica.

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