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Interior

Polícia vistoria áreas invadidas e sitiantes esperam desocupação

Policiais federais estão conversando com moradores de sítios invadidos desde 5 de março em Dourados; ordem de despejo foi emitida em abril, mas propriedades continuam ocupadas

Helio de Freitas, de Dourados | 17/05/2016 13:51
Acampamento de índios em sítios nos arredores de Dourados (Foto: Eliel Oliveira)
Acampamento de índios em sítios nos arredores de Dourados (Foto: Eliel Oliveira)

Proprietários de sítios localizados na região norte de Dourados, invadidos por índios desde o início de março, estão esperançosos que a desocupação das áreas ocorra nos próximos dias. Desde ontem (16), equipes da Polícia Federal estão percorrendo as propriedades para conversar com os moradores sobre o mandado de reintegração de posse, concedido no dia 11 de abril pelo juiz federal Janio Roberto dos Santos, mas até agora não cumprido.

“Estamos felizes, confiantes que agora finalmente poderemos voltar para nossas casas”, afirmou hoje ao Campo Grande News a sitiante Vanilda Valintin, que desde 5 de março está na casa de sua mãe em Dourados, depois de fugir com o marido e os filhos pequenos do sítio que foi invadido pelos índios.

Segundo ela, os policiais estiveram em um sítio vizinho ao seu e conversaram com a moradora, perguntando quantos barracos e quantos índios estão na propriedade. “O policial disse que vão levar as informações para o juiz e até amanhã devem voltar lá para retirar os índios”, afirmou a sitiante.

A liminar do juiz federal foi concedida ao proprietário Derli Vieira da Rocha em ação impetrada pelo advogado João Waimer Moreira Filho, mas vale para todas as propriedades ocupadas.

As ocupações dos sítios próximos ao perímetro urbano de Dourados começaram no dia 5 de março. Vindos de aldeias da região de Amambai e Caarapó, eles montaram barracos próximos às casas e muitos moradores abandonaram os locais.

De acordo com a Funai, a área é reivindicada desde 1970 e estudos antropológicos já foram iniciados, para identificar as terras como de ocupação tradicional indígena.

Conforme a Funai, os estudos das áreas reivindicadas no entorno do município de Dourados fazem parte do Plano Plurianual 2016-2019, determinado pela Justiça Federal.

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