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Interior

Moradores com casas atingidas por chuvas em Ribas esperam ajuda do poder público

Segundo a prefeitura, cerca de 70 famílias foram atingidas, mas nenhuma está sem abrigo

Guilherme Correia e Maristela Brunetto | 22/02/2023 19:29
Casas de moradores foram atingidas por chuvas fortes em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Direto das Ruas)
Casas de moradores foram atingidas por chuvas fortes em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Direto das Ruas)

O município de Ribas do Rio Pardo, distante 98 quilômetros de Campo Grande, decretou situação de emergência há uma semana, e algumas ações têm sido feitas pelo município.
Ainda assim, moradores relatam falta de assistência para lidar com os problemas provocados pelas fortes chuvas que caíram na região.

Segundo o prefeito, João Alfredo Danieze (Psol), paralisação de obra de pavimentação da MS-357 provocou valetas que direcionaram as águas para a parte baixa da cidade. Cerca de 70 famílias foram atingidas, mas ele afirmou que nenhuma família foi desabrigada.

Procurada, no entanto, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) afirmou que o problema registrado foi ocasionado pelo excesso de chuvas e ocorreria mesmo sem a realização da obra citada, que parte do final do trecho urbano da cidade e seguiu até o entroncamento com a MS-338.

A Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a própria população, coletou e distribuiu colchões e roupas, além de cestas básicas, para auxiliar os prejudicados. “Gradativamente estamos encaminhando as famílias que tiveram prejuízos com a grande quantidade de água nas chuvas do dia 12 de fevereiro”.

Segundo ele, no entanto, para restaurar casas que tiveram paredes derrubadas, é preciso de “aval” do governo federal, para que reconheça situação emergencial que permita tais obras.

Morador da Rua General Elizário Parim, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, Carlito Fried, de 28 anos, relata que perdeu cama, sofá, guarda-roupa, celular, roupas dele e da família, além de alimentos e portas. Ele e a família - que incluem filhas de 7 e 17 anos -, estão vivendo na casa da sogra, de favor, já que o local está praticamente impossível de viver.

"Nem sequer um tijolo deram. E para ajudar, a Defesa Civil interditou. Enquanto não arruma, não posso morar. Deram até agora uma cesta básica e roupa doada pela população, no Cras [Centro de Referência de Assistência Social]".

Decreto - O decreto emergencial se baseia na avaliação de que áreas e famílias foram fortemente afetadas por chuvas intensas, alagamentos e enxurradas. A prefeitura ressalta que as chuvas intensas atingiram o índice pluviométrico de 64% de todo o volume previsto para o mês de fevereiro. Ao todo, foram 70 famílias rio-pardenses deixadas em “situação de vulnerabilidade social e de rua”, devido à chuva, na cidade e na área rural.

Com isso, os órgãos municipais atuarão sob coordenação do diretor do Departamento de Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução, e voluntários serão convocados para “reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade”.

O Ginásio Poliesportivo Municipal José Miguel Sanches Vigilato e a Casa de Passagem deverão ser usados para acolhimento das famílias atingidas pelo desastre, e o Centro Social prestará apoio. O decreto também dispensa de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

Ajuda - Interessados podem ajudar doando roupas, objetos e alimentos via Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do município. O morador citado nesta reportagem recebe doações via Pix 928.192.141-34, que está no nome da esposa.

(*) Matéria editada às 15h59 de 23 de fevereiro.

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