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Interior

Pistoleiros que mataram menino de 5 anos são presos na fronteira

Os dois homens foram encontrados durante buscas nesta manhã em Pedro Juan Caballero; eles trabalham para traficante brasileiro

Helio de Freitas, de Dourados | 10/05/2018 09:11
O paraguaio Anderson Valdez, um dos presos hoje em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)
O paraguaio Anderson Valdez, um dos presos hoje em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)

Dois pistoleiros apontados como autores do atentado que deixou um menino de cinco anos de idade morto em outubro do ano passado em Assunção, foram presos nesta manhã em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

De acordo com o jornal ABC Color, Anderson Román Vázquez Valdez e Lucio Alberto Ovelar, os dois de nacionalidade paraguaia, estavam na companhia do brasileiro Dilmar Damacio Gonçalves, que também foi detido.

Os três foram encontrados em uma casa na Rua 15 de Agosto com Juana de Lara, perto do centro de Pedro Juan Caballero, por agentes de um grupo de elite da Polícia Nacional do Paraguai.

Eles seriam funcionários do narcotraficante brasileiro Elton Leonel Rumich da Silva, o “Galã”, apontado como “embaixador” da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai. Galã foi preso em Ipanema, no Rio de Janeiro, no dia 27 de fevereiro deste ano.

Na casa onde os suspeitos estavam foram encontrados seis carregadores de pistola marca Glock, computadores portáteis, celulares, documentos, cadernos com números de telefone e outras anotações e dois veículos, um Fiat com placa do Paraguai e um Gol placa OPN-4469, de Ponta Porã.

O carro com placa paraguaia, com ordem de apreensão, está registrado em nome da RSS, uma das empresas que Elton Leonel da Silva mantém naquele país. Galã é apontado como o autor mental da execução do chefão do crime na fronteira, Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016.

Morte do garoto – O atentado que deixou o menino de cinco anos morto a tiros de fuzil ocorreu no dia 25 de outubro do ano passado, no bairro Madame Lynch, na capital paraguaia. O alvo era o pai da criança, Willian Giménez Bernal, 28, ligado ao crime organizado na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Ao ver o filho morto no banco traseiro da caminhonete em que estavam, Willian pegou a pistola e deu um tiro na própria cabeça. O suicídio, revelado pelo segurança do bandido, foi confirmado pela perícia da Polícia Nacional.

A polícia paraguaia acusa Galã como o mandante do ataque. Willian Bernal era apontado como um dos autores do atentado contra uma boate de Pedro Juan Caballero, em julho do ano passado. O alvo era o traficante brasileiro. Dois seguranças dele e duas jovens, moradoras de Ponta Porã que estavam na inauguração da boate, foram mortos.

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