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Interior

Transportadoras fecham porto seco em Corumbá na próxima semana

Fechamento será por dois dias e manifestação é contra o atraso na liberação dos veículos de carga

Ana Paula Chuva | 11/03/2022 14:09
Agesa em Corumbá com quase 400 caminhões e carretas aguardando liberação. (Foto: Sindifisco Nacional MS)
Agesa em Corumbá com quase 400 caminhões e carretas aguardando liberação. (Foto: Sindifisco Nacional MS)

Nos dias 14 e 15 de março, segunda e terça-feira da semana que vem, as empresas de transporte rodoviário de cargas e de logística de Corumbá e Ladário, cidades a 428 km e 426 km de Campo Grande, respectivamente, fecham a entrada do porto seco da Receita Federal na região.

O fechamento é em protesto à demora no atraso para liberação dos veículos de carga, em razão da operação padrão dos auditores-fiscais da Receita Federal iniciada em 27 de dezembro de 2021, segundo o presidente da Setlog Pantanal, Lourival Júnior.

A operação foi iniciada, como uma das ações de protesto categoria pelo corte de 52% no orçamento da Receita para 2022 e ainda pela não regulamentação do pagamento do bônus de eficiência da categoria, acordada em 2016, pela falta de concurso público para o cargo desde 2014.

De acordo com Lourival, antes da operação, a liberação de uma carreta ou caminhão no canal vermelho da Agesa demorava no máximo 2 dias, mas agora, chega a 15 dias. “Os prejuízos são incalculáveis. As empresas de transporte de Corumbá e da região estão quebrando”, declarou o representante da categoria.

A Agesa, no porto seco, é o principal corredor rodoviário de comércio exterior do Brasil com a Bolívia. Por dia, deveriam passar pelo local aproximadamente 200 caminhões e carreta.

Fila nas aduanas - Até ontem (10), Mato Grosso do Sul contava com mais de 482 carretas e caminhões aguardando a liberação nas unidades alfandegárias da Receita Federal nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai.

Das três aduanas em que a operação padrão ocorre a maior fila era na Agesa, em Corumbá, onde estão 378 carretas no pátio e 24 fora, aguardando senhas.  A liberação no canal vermelho da alfândega – onde é feita a conferência dos documentos e das cargas, demora de 12 a 15 dias.

Já em Ponta Porã, aduana da fronteira com o Paraguai, o número de carretas e caminhões com cargas aguardando a liberação era de pelo menos 80. Na unidade a liberação que era feita em no máximo um período do dia, agora demora mais de 24 horas.

Em Mundo Novo, também na fronteira com o Paraguai, esta a única aduana do estado, que pelo pequeno volume de transporte de cargas, não registrava fila para o despacho aduaneiro.

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