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Interior

UFGD continua invadida e estudantes contrários pressionam reitoria

Movimento Universidade Livre cobra providências da direção da universidade para garantir desocupação de prédio invadido por universitários que protestam contra governo Temer

Helio de Freitas, de Dourados | 17/11/2016 12:01
Universitários que ocupam prédio da UFGD durante assembleia (Foto: Reprodução/Facebook)
Universitários que ocupam prédio da UFGD durante assembleia (Foto: Reprodução/Facebook)

Há oito dias o prédio da reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) está invadido por dezenas de estudantes universitários que protestam contra medidas do governo Michel Temer.

No domingo ocorrem as provas do vestibular da maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul. A reitoria da instituição divulgou uma nota nesta semana garantindo que o processo seletivo não será prejudicado pelo protesto e que as provas estão mantidas.

Contra invasão – Por outro lado, a reitoria da UFGD enfrenta pressão de universitários contrários à invasão, que cobram providências para a reintegração de posse do local. Além da reitoria, o prédio do antigo Ceud, localizado na Rua João Rosa Góes, área central da cidade, abriga alguns cursos de graduação e pós-graduação.

Denominado “Movimento Universidade Livre”, o grupo cobrou esforços por parte da administração da universidade a reintegração de posse.

“A democracia se faz pela vontade da maioria e nunca deve ser vetado o direito de manifestação livre, porém nosso movimento considera que a forma como foi deliberada esta ação foi ilegítima e manipulada para não ouvir a maioria dos alunos, garantindo assim uma ação política que atende interesses de um grupo ideológico, que acredita que a maioria da sociedade é inimiga em uma guerra em que vale tudo”, afirma o movimento, em nota.

Prejuízos – O grupo também aponta prejuízos à comunidade que depende do funcionamento pleno da unidade 1 da UFGD. “Esta ocupação pode, por exemplo, prejudicar o vestibular, o pagamento de bolsas aos alunos vulneráveis e até o salário dos servidores, caso se mantenha até a data em que o movimento de ocupação pretende (votação da PEC55)”.

O Movimento Universidade Livre afirma que além dos transtornos, a ocupação não tem nenhum poder político. “Não é sitiando a reitoria que se vai conseguir sensibilizar o poder público à causa proposta”.

Reitoria não se manifesta – Desde que o prédio da UFGD foi invadido, na semana passada, o Campo Grande News mandou dois e-mails para a assessoria de imprensa da universidade pedindo uma posição sobre os fatos, mas até agora não houve manifestação.

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