A resposta dos epidemiologistas para enviar os filhos à escola
Para muitos pais, a questão mais premente é quando eles poderão enviar seus filhos de volta para a escola. Uma pesquisa feita com mais de 500 epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas no mundo dá um norte da dificuldade de todos em tomar essa decisão.
As declarações de políticos mostram a desumanidade no tratamento com idosos. O governador do Texas, por exemplo, pediu que os velhos morressem logo para que a economia não sofresse e foi acompanhado pelo ministro da saúde da Ucrânia. Não é muito diferente no Brasil. Mas, na hora de decidir o futuro de uma criança, não há exceção, todos se mostram preocupados. Veja o resultado da pesquisa no gráfico abaixo:
As considerações dos epidemiologistas para enviarem seus filhos à escola.
Os epidemiologistas também responderam o que estão avaliando para tomar essa difícil decisão. Disseram que estão avaliando dados regionais, como a taxa de transmissão da infecção pelo coronavírus, partindo do Estado onde residem e chegando até na região da cidade onde está localizada a escola. Também estão indo checar pessoalmente a segurança que a escola está prometendo. Além da saúde das crianças, estão considerando a saúde dos demais membros da família. Um ponto de consenso é a existência de um idoso na residência como fator limitador para que a criança volte à escola - as crianças indubitavelmente serão transmissores da infecção para eles. Vários disseram que a escola é fundamental para a socialização e desenvolvimento das crianças e por isso estavam dispostos a correr o risco.
O lema dos epidemiologistas é: "Depende".
O lema informal dos epidemiologistas é: "Depende". Alertam que podem mudar seus planejamentos, dependendo das variáveis elencadas. Muitos consideram a resposta a essa pergunta como uma das mais difíceis para ser respondida. Também alertam para que os responsáveis pela escola pensem nas medidas extremas para cuidar dos professores e de todos que trabalham na escola - serão muito vulneráveis. Mas há um outro corte para o envio das crianças às escolas: nenhum deles aceita que seus filhos retornem com a mesma quantidade de alunos por sala de aula. A metade dos alunos por sala é o mínimo aceitável.