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Em Pauta

Atlas da Violência: até 2015, MS era uma ilha de tranquilidade

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/06/2017 07:11
Atlas da Violência: até 2015, MS era uma ilha de tranquilidade

Em 2015, o Brasil presenciava chocado 161 assassinatos por dia. É um número tão dantesco, tão infernal que, em apenas 3 semanas, nosso país assassinou mais gente que em 5 meses de terrorismo no mundo. Quando digo gente, entendam jovem, negro e pobre. São eles os que caem.

São os mortos sem nome, sem honra, sem ideologia ou religião a defender. "Apenas" números. Temos de parabenizar nossos intelectuais mais afamados que têm a coragem de mentir que o Brasil é uma "democracia racial". A verdade é que vivemos no país que mais mata negros. Estamos mais para a Medellin de Pablo Escobar do que para um país que protege e respeita sua população.

Se esse é o país, o Mato Grosso do Sul quase não contribui para ampliar essa zona de guerra contra as drogas disfarçada. Na taxa de homicídios - número de assassinados por 100 mil habitantes - figuramos no top 5 dos mais tranquilos Estados da Federação.

Em número absoluto de homicídios ocupamos a sexta posição. Nesse quesito, nossos números assemelham-se aos encontrados nos antigos "Territórios Federais" - Roraima, Acre, Amapá, Tocantins e Rondônia -, hoje Estados, mas que preservam diminutas populações. É claro, que o ideal seria assassinato zero, mas a sexta posição no ranking dos Estados mais pacíficos, é um alento.

A verdade é que somente nossa fronteira, após o assassinato de seu outrora poderoso chefão, vive com a sensação de guerra.

Atlas da Violência: até 2015, MS era uma ilha de tranquilidade

Aqueles jovens a quem devemos tanto

Hoje, 150.000 jovens talvez deixem a vida. Eles desembarcarão na Normandia. Era para ter sido ontem a data em que encontrariam a morte, mas uma tormenta adiou em um dia o encontro fatal. Eles tinham certeza de que suas vidas estariam em perigo e eram conscientes de que muitíssimos fatores diferentes, e incontroláveis, decidiriam se poderiam ver outro dia de sol.

Hoje viveram seu último anoitecer. E uma noite com mal tempo. Que pensava Herbert Brotheridge, um jovem inspetor britânico de pesos e medidas, que tinha a esposa grávida, louco por futebol? Ele nunca vestiu o uniforme de futebol que sonhava, mas vestiu o manto fúnebre do uniforme de batalha. Uma mudança de ordens na ultima hora do embarque, selou seu destino. Foi o primeiro a morrer.

Mas se o mal tempo talvez fosse uma noite comum, e até agradável para o britânico Brotheridge, acostumado com climas difíceis no mês de junho, para o mecânico Leonard Kelly, aquilo era muito diferente de sua Iowa natal, nos Estados Unidos. Ele fora escolhido em sorteio em que seu distrito com milhares de jovens, tinha de enviar à guerra apenas 10 rapazes. Ele foi um deles. E foi o primeiro norte-americano a tombar ferido nas praias da Normandia. Ferimento que o levou à morte duas semanas depois.

Nenhum desses 150 mil jovens sabia como terminaria essa invasão. Nunca souberam o preço que pagariam por ela. Mas eles aceitaram correr o risco em nome da liberdade. Em meio à sociedade do ruído estéril, talvez seja importante dedicarmos alguns segundos de hoje a relembrar os milhares de Herberts e Leonards que entregaram suas vidas. Hoje, eles estavam na Normandia.

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Tensão no Oriente Médio. Aumentará o preço do petróleo?

Surpresa no mundo. Três países do Golfo, juntamente com o Egiro, Iêmen e Líbia, anunciaram o corte de relações com o Qatar. Por trás do bloqueio, estaria o apoio do Qatar a organizações terroristas como a Al Qaeda, Boko Haram, Estado Islâmico e Irmandade Muçulmana. Até há pouco tempo, o maior suspeito de apoiar radicais islâmicos era a Arábia Saudita, que agora, passa a atacá-los.

O governo iraniano respondeu ao bloqueio afirmando que "o corte nas relações em nada contribui para resolver a crise na região. A época de cortar relações e fechar fronteiras acabou, não é assim e se resolvem as crises. Esses países não têm outra opção senão dar inicio ao diálogo".

O anuncio do bloqueio fez com que o preço do petróleo voltasse a subir, após uma semana de fortes quedas, que resultaram pelo incremento das reservas nos Estados Unidos após o anuncio de Trump contra o Acordo de Paris de regulação do clima.

O mundo todo aguarda o desenrolar dessa contenda que está coberta de suposições e de teorias da conspiração. A mais importante teoria, diz que tudo começou com as ações de Trump no Oriente Médio e nos Estados Unidos.

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