Estimulação elétrica para tratar casos de depressão
Desde há anos, machos enfermos de Parkinson estão se beneficiando da possibilidade de estimular seu cérebro com impulsos elétricos. Muitos médicos têm utilizado técnicas similares para mudar o estado de animo das pessoas deprimidas, mas as tentativas de de provar sua eficácia em grande escala teve efeitos limitados. Quando a estimulação elétrica cerebral profunda se aplica em pequenos grupos de pacientes, em fase de estudo inicial, os resultados são alvissareiros, às vezes, inclusive, surpreendentes, porque em pouco tempo podem fazer sentir melhor pessoas que estão há anos prostradas pela depressão.
O problema está na efetividade do tratamento elétrico.
Segundo a Universidade de Amsterdam, um dos principais centros dessa pesquisa com estimulação elétrica, o principal problema pode ser sua efetividade e dá um claro exemplo: "Imagine que é um pai de família com mulher e filhos e está há anos prostrado no sofá. Essa pessoa começa o tratamento é um bom dia chega em casa e é uma pessoa muito ativa. Tudo interessa, sai às compras, planeja uma longa viagem com a família. Os sintomas desaparecem e a pessoa muda muito em pouco tempo. Para a família a mudança é tão brutal que pode produzir uma sensação de ameaça".
Quando o tratayé colocado à prova em grandes ensaios, com muitos pacientes, as dificuldades para demonstrar sua eficácia ainda são importantes, dizem os holandeses.
A nova experiência da Universidade da Califórnia.
Há uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia apresentando resultados que estão sendo considerados prometedores. Estimularam o córtex orbitofrontal lateral, uma região localizada no osso ao redor do olho que está relacionada com as emoções e a recompensa. Segundo explicam os estudiosos, os impulsos elétricos melhoraram o estado de animo dos pacientes. De alguma forma, a estimulação devolveu aos circuitos relacionados com o estado de animo seu correto funcionamento.
As limitações da estimulação elétrica cerebral.
Há limitações claras para a estimulação elétrica cerebral.
Por um lado, para implantar os eletrodos, é necessário que os passe submetam a cirurgia. Uma intervenção invasiva que vem deixando esta opção, na maioria dos pacientes, só para pessoas com depressão que não responde a tratamentos mais convencionais com medicamentos. A outra limita esta no tempo de efeito da estimulação. Ainda não se sabe se eles produzirá bons efeitos por longo tempo ou o alívio ocorrerá somente por uma ou duas semanas.
Todavia, nos EUA e na Europa já estão se livrando da primeira limitação, estão produzindo dispositivos que permitem aplicar a estimulação sem cirurgia. É uma nova técnica - que também está sendo usada em casos de Parkinson, anorexia, dor crônica, autismo, esquizofrenia e Alzheimer - onde não seccionam o couro cabeludo e somente adaptam dispositivos especiais feitos por Harvard e pelo MIT, na parte exterior da cabeça. Todavia, esse dispositivo ainda não está à venda.