Exportações de carnes brasileiras para a Rússia crescem 70%
Frigoríficos esforçam-se para atender mercados abertos pelo governo
Após barrar as importações de alimentos dos Estados Unidos e da União Europeia em decorrência dos conflitos na Ucrânia e habilitar mais de 90 empresas de carnes do Brasil, a Rússia acelerou as compras de produtos brasileiros. No total, a receita obtida pelos frigoríficos do Brasil com as vendas de carnes bovina, suína e de frango ao mercado russo somou US$ 293 milhões no mês passado, 70% a mais que no mesmo período do ano anterior. No entanto, as indústrias estão tendo de vender menos para outros mercados, pois os frigoríficos não têm capacidade para atender a totalidade dos mercados abertos pelo governo federal.
A despeito do significativo avanço das vendas para a Rússia, nem todos os mais de 90 frigoríficos habilitados pelo serviço sanitário russo podem exportar. Em torno de 20 indústrias, entre unidades de carne suína e de aves, ainda esperam ser liberadas pelo Ministério da Agricultura do Brasil. Boa parte delas enfrenta problemas, tanto nas áreas sanitária quanto burocrática. E o governo está coberto de razão ao cuidar das questões sanitárias com zelo e sem vista grossa, mas as burocráticas poderiam ser superadas com facilidade.
CNI leva empresários ao Paraguai
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está realizando mais uma missão empresarial em solo paraguaio. Até amanhã, empresários brasileiros percorrem a cidade de Assunção para visitas técnicas, palestras e almoços com empresários e autoridades paraguaias. A ação tem o intuito de viabilizar negócios nos setores têxtil, plástico, metal-mecânico, moveleiro, madeireiro, alimentos, TI, automotivo e vestuário (moda para bebês). A programação abrange uma rodada de negócios durante a Expo Paraguai-Brasil que está na sua sexta versão. A maior atração para os brasileiros é o baixo custo da energia, que chega a atingir um diferencial de 70%, da flexibilidade das leis trabalhistas, da ausência de uma organização previdenciária e de uma razoável diferença de impostos.
As travas para os empresários brasileiros são a eterna insegurança jurídica paraguaia e os perigos que rondam suas estradas.
Últimos 20 anos soterraram debate sobre posse da terra
Os últimos anos desmentiram diversas antevisões, talvez a mais importante tenha sido a das disputas pela terra. A exacerbação da questão agrária ruiu em definitivo. As supostas tendências da concentração da propriedade fundiária e as teses sobre a formação de um "campesinato" revolucionário desapareceram. Alguém ouviu ou leu uma só análise ou comentário sobre posse da terra e reforma agrária nos últimos anos?
É claro, falta equacionar a questão da posse da terra para os povos indígenas. Tarefa eivada por muitos preconceitos e poucos interesses econômicos. A política dita o rumo desse debate e suplanta qualquer interesse econômico. E é a política partidária que tem construído o diapasão dessa sinfonia da morte e não a política social.
Pequenos agricultores próximos da marginalidade
Mas se a questão da propriedade da terra é um debate desaparecido, há outro que promete ganhar vulto - o da seletividade entre os produtores rurais. Temos, de um lado, a dinâmica economia promovida pelos grãos, cana-de-açúcar e eucalipto; e do outro, uma imensa massa de agricultores de tudo e de muito pouco - os assentados. Em nenhum outro momento da história agrária, os estabelecimentos rurais de menor porte estiveram tão próximos da fronteira da marginalidade.
Firestone cria oásis contra ebola
Enquanto chefes de Estado de países com graves problemas com o ebola se mostram lentos, Ongs e empresas vêm saindo na frente. Uma delas é a fabricante de pneus Firestone, pertencente ao grupo japonês Bridgestone, que usou seus eficientes mecanismos de gestão para transformar sua base produtiva na paupérrima Libéria (o país criado para abrigar ex-escravos norte-americanos), na África, em um oásis em meio à devastação causada pela epidemia. Eles aprenderam a lidar com o problema na prática
em seus seringais. O primeiro caso de infecção por ebola surgiu em março. Desde então, foram reforçadas as medidas de precaução, especialmente as sanitárias. "Foi como pilotar um avião lendo o manual", afirmou o presidente da companhia na Libéria, Ed Garcia.
Os infectados foram tratados em enfermarias instaladas em contêineres, isolados com revestimento de plástico. Até agora nenhuma ocorrência de infecção pelo vírus havia sido constatada nos 8,5 mil funcionários e seus familiares. Também vale lembrar que o único medicamento que é visto como uma esperança para a cura do ebola, o ZMapp, teve a participação da Fundação Gates (criada por Bill Gates e sua esposa), que investiu algo como US$ 1 bilhão para a produção em série dessa droga experimental.
Minha Casa Minha Vida...de luxo
A inovação veio de Harvard. A universidade americana, autora de um projeto social na China, prestou consultoria para a construtora brasileira LandInvest. O condomínio será entregue em Gravataí (RS) e terá 808 casas com uma bela arquitetura e tamanho de 50 metros quadrados. Nada a ver com as casas construídas pelos governos que nunca ouviram falar da existência de um arquiteto.
As casas desse condomínio oferecerão muito mais. Terão fibra óptica, segurança que não existe nem mesmo no mais luxuoso condomínio de Campo Grande, com reconhecimento facial na entrada, ciclovias, creche exclusiva para os moradores, que possibilitará às mães acompanharem os filhos ao vivo, via vídeo, através de um aplicativo do condomínio. Tem mais: rede de esgoto privada, parques e jardins e cursos profissionalizantes. Um luxo mesmo.
A construtora também está lançando um projeto semelhante em Natal (RN). Nos dois projetos, todas as casas já foram vendidas e não são mais caras que o normal: custaram R$ 106 mil.
Netropolitan, um Facebook só para ricos
Está cansado da popularização do Facebook, que contabiliza 1,32 bilhão de usuários e milhões de petistas do Bolsa Família? Mude para o Netropolitan, que lhe
garante mais exclusividade e um visual menos poluído na tela do seu mini tablet (computador de mesa ou tablet são máquinas de pobres).
O Netropolitan é uma rede social para quem está disposto a abrir a carteira para fazer parte de um grupo seleto. A ideia é o compartilhamento de experiências semelhantes, especialmente as que revelem seu poder de compra e seus gostos refinados. Para ingressar na rede, basta pagar uma taxa de inscrição de US$ 9 mil, além de anuidade de US$ 3 mil para manter a conta ativa. É claro que essa não é uma rede de gente esnobe e fútil.