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Em Pauta

Último desafio: não brigarmos pelas máscaras e distanciamento

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/08/2020 07:00
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Os usos e costumes mudaram no mundo através da história. Alguns, só desaparecem após as mudanças no entendimento da medicina, outros, ainda que mal vistos pela maioria dos povos, não desaparecem totalmente. Multas e quaisquer outras punições de nada valem, não há quem não conheça a ineficiência dos governos.


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Sem aglomeração, por favor.

Em 1918, a nova ordem mundial de evitar aglomerações, surgiu pela primeira vez: o prefeito de Burgos, uma cidade espanhola famosa pela lenda de El Cid Campeador, conclamava sua população a evitar lugares fechados, mal ventilados e com muita gente. Poucos deram importância a esse apelo. Logo a seguir, veio a "peste espanhola" (que surgiu nos Estados Unidos), as autoridades sanitárias lembraram desse prefeito e adotaram esse protocolo no mundo todo. Até no Brasil, da eterna bagunça, passaram a se preocupar com as aglomerações.


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Uso massivo de máscara.

O uso massivo de máscaras começou após a peste de SARS, um vírus parente do atual corona. Todos passaram a entender que o uso de máscaras deveria ocorrer nos invernos e em qualquer estado gripal individual. A ideia, surgida em Taiwan, propagou para a China continental, Japão e Coreias. Atualmente, é considerado mal educado quem espirra ou tosse perto de outros sem máscara. Esse costume asiático deverá ser preservado no resto do mundo, mas devemos ter paciência.


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Cuspir ou não cuspir, eis a questão.

Só deixamos de cuspir no chão quando descobrimos a tuberculose, mas os chineses preservam o cuspir no chão por entenderem que estão eliminando vírus e bactérias de seus corpos. E estão certos, mas estão errados. Se eliminam os vírus e bactérias de seus próprios corpos, facilitam a transmissão para outras pessoas. Há mais de vinte anos as autoridades chinesas tentam educar o povo para que abandonem esse costume. Ele continua preservado pelos mais velhos. Paciência, só a paciência oriental pode mudar esse costume.


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Outros costumes só mudam quando o poder de um povo entra em decadência.

Na Roma antiga, na época dos césares, era comum mandatários e milionários organizarem lautas festas. Muito vinho e muita comida em "homenagem ao deus Dionísio (Baco, para os gregos). Dias de festa, muitos dias. Ficavam todos em uma só sala. Comiam, bebiam, dormiam, acordavam e continuavam a festa, sem dessa sala sair. Em determinada hora, entravam escravos carregando penas e bacias. Os poderosos enfiavam boa parte da pena na garganta e vomitavam na bacia. Esse costume subsistiu com a invasão "bárbara", mas foi decaindo rapidamente,  até desaparecer. Mas, até nossos dias, qualquer jovem sabe que tem de vomitar (no banheiro, e não na sala) para continuar na balada. Novamente: só a paciência e bom entendimento (boa educação) faz com que os costumes mudem.

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