Último desafio: não brigarmos pelas máscaras e distanciamento
Os usos e costumes mudaram no mundo através da história. Alguns, só desaparecem após as mudanças no entendimento da medicina, outros, ainda que mal vistos pela maioria dos povos, não desaparecem totalmente. Multas e quaisquer outras punições de nada valem, não há quem não conheça a ineficiência dos governos.
Sem aglomeração, por favor.
Em 1918, a nova ordem mundial de evitar aglomerações, surgiu pela primeira vez: o prefeito de Burgos, uma cidade espanhola famosa pela lenda de El Cid Campeador, conclamava sua população a evitar lugares fechados, mal ventilados e com muita gente. Poucos deram importância a esse apelo. Logo a seguir, veio a "peste espanhola" (que surgiu nos Estados Unidos), as autoridades sanitárias lembraram desse prefeito e adotaram esse protocolo no mundo todo. Até no Brasil, da eterna bagunça, passaram a se preocupar com as aglomerações.
Uso massivo de máscara.
O uso massivo de máscaras começou após a peste de SARS, um vírus parente do atual corona. Todos passaram a entender que o uso de máscaras deveria ocorrer nos invernos e em qualquer estado gripal individual. A ideia, surgida em Taiwan, propagou para a China continental, Japão e Coreias. Atualmente, é considerado mal educado quem espirra ou tosse perto de outros sem máscara. Esse costume asiático deverá ser preservado no resto do mundo, mas devemos ter paciência.
Cuspir ou não cuspir, eis a questão.
Só deixamos de cuspir no chão quando descobrimos a tuberculose, mas os chineses preservam o cuspir no chão por entenderem que estão eliminando vírus e bactérias de seus corpos. E estão certos, mas estão errados. Se eliminam os vírus e bactérias de seus próprios corpos, facilitam a transmissão para outras pessoas. Há mais de vinte anos as autoridades chinesas tentam educar o povo para que abandonem esse costume. Ele continua preservado pelos mais velhos. Paciência, só a paciência oriental pode mudar esse costume.
Outros costumes só mudam quando o poder de um povo entra em decadência.
Na Roma antiga, na época dos césares, era comum mandatários e milionários organizarem lautas festas. Muito vinho e muita comida em "homenagem ao deus Dionísio (Baco, para os gregos). Dias de festa, muitos dias. Ficavam todos em uma só sala. Comiam, bebiam, dormiam, acordavam e continuavam a festa, sem dessa sala sair. Em determinada hora, entravam escravos carregando penas e bacias. Os poderosos enfiavam boa parte da pena na garganta e vomitavam na bacia. Esse costume subsistiu com a invasão "bárbara", mas foi decaindo rapidamente, até desaparecer. Mas, até nossos dias, qualquer jovem sabe que tem de vomitar (no banheiro, e não na sala) para continuar na balada. Novamente: só a paciência e bom entendimento (boa educação) faz com que os costumes mudem.