Você pode confiar nas pesquisas eleitorais?
Há décadas as pesquisas se tornaram o "Grande Eleitor". Influenciam, decidem rumos de votos, de trabalho propagandístico e de dinheiro. Pelo tamanho e importância que alcançaram, as pesquisas criaram um tipo de eleitor que passou a enxergar teorias de conspiração em suas conduções. Seriam compradas e manipuladas. Nem sempre é assim.
O que dá errado em uma pesquisa? O apontar dos dedos de acusação a cada pesquisa que não dá certo está na baixa amostragem. Com as eleições de 2018 chegando, muitos passaram a expressar seu ceticismo de que as pesquisas eleitorais podem ser confiáveis desta vez. Mas se esquecem que as pesquisas nacionais da eleição anterior foram bastante precisas. Na média, expressaram a vitória da candidata da esquerda com uma margem mínima de votos no segundo turno.
Mas há cuidados a serem tomados. O primeiro é o de não transformar uma série de modelos matemáticos altamente confiáveis em oráculos. Nenhuma pesquisa do mundo enxerga o futuro. Só vê o presente. O outro cuidado é o da torcida. Tendemos a torcer por nossos candidatos e passar a ler as pesquisas com "um só olho", nos tornamos vesgos, só enxergamos aquilo que nos interessa.
Só enxergamos os resultados que nos interessam. Quase todos se esquecem que a melhor pesquisa que pode ser feita tem, no mínimo, dois pontos percentuais de prováveis erros. Há necessidade de ler uma pesquisa com os dois olhos, enxergar e levar ao cérebro todos os dados que ela disponibiliza.
Além disso, os eleitores se veem inundados por um dilúvio de pesquisas de baixa qualidade baseadas em métodos sub-ótimos. E todos sabemos que só existem três empresas de pesquisas confiáveis de caráter nacional. Não há quarta empresa confiável. Também há uma verdade impossível de ser rebatida: toda pesquisa, inclusive as ótimas, traz algum erro.
O que faz uma pesquisa de alta qualidade? Sem dúvida alguma o tamanho da amostragem é o primeiro critério. Observe quantas pessoas foram entrevistadas ao comparar duas pesquisas.
Quanto mais pessoas, é bem provável que a pesquisa seja mais confiável. Pesquisas realizadas com poucas pessoas devem ser tomadas com desconfiança.
Os cowboys não usavam jeans.
Se os famosos "western" tivesse refletido o vestuário real dos vaqueiros, seus protagonistas deveriam vestir calças de couro ou de linho, o material dos cowboys de verdade. Todavia, a "calça de vaqueiro" - certamente a mais vendida no mundo - teve sua origem como roupa de trabalho, mas não entre vacas. O termo "jeans" provêm de "Gênes" - Genova, em francês - cidade italiana onde os marinheiros eram conhecidos por usar calças muito resistentes de "fustão" - algodão misturado com linho ou lã. No século XVI, esse tecido passou a ser chamado de "jene fustyan".
No XVIII era fabricado totalmente com algodão e existiam de muitas cores. Assim, surgiram as "calças jeans", como roupa de trabalho. Todavia, à partir do XIX, eram feitas de "denim", um tecido de algodão mais resistente, tecido com duas faces - uma de cor azul índigo e outra de cor cinza ou sem tingir.
Os autênticos jeans, as calças de denim com apliques de cobre foram patenteados por Levis Strauss & Co., em 1873, era uma roupa de trabalho para os mineiros da Califórnia, também usada por pedreiros e presidiários. À partir dos anos 1930, essas calças foram associadas ao tempo livre e de diversão pela influência de artistas como Ginger Rogers que a usava para a pesca.
Os povos-passarinhos, trocaram a fala pelo assobio.
Há 400 anos eles praticamente abandonaram a fala e passaram a assobiar. O povo de Kusköy, uma pequena aldeia da Turquia, inventou uma maneira criativa e alegre de se comunicar através de longas distâncias - simplesmente assobiando como pássaros.
Eles chamam de "língua de pássaro" ou "kus dili", que significa "aldeia de pássaros". Esse meio de comunicação resolveu os problemas criados nos trabalhos das Montanhas Pontic. O terreno é irregular, tornando as viagens muito difíceis, mesmo em curtas distâncias. Inspirados pelas canções dos passarinhos, começaram a assobiar as sílabas das palavras turcas, que provaram ser muito mais eficazes e menos consumidoras de energia do que gritar ou caminhar até a pessoa com quem precisavam conversar.
Os moradores avisam sobre a presença de estranhos, pedem auxílios e convidam para o chá. Costumeiramente, mantêm conversas longas e complexas apenas assobiando. Organizam festivais anuais há 15 anos como formar de manter a bela comunicação que recentemente foi premiada pela ONU com o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade. O difícil está sendo manter a tradição com o advento dos celulares. Passaram a lecionar nas escolas a língua dos passarinhos na tentativa de que as novas gerações não abandonem o legado. E os 10.000 habitantes de Kusköy não estão sozinhos.
A população de La Gomera, nas Ilhas Canárias, da Espanha, também conversam através de assobios. "Silbo Gomero" é o nome dado a essa língua. É o mais complexo que existe pois as vogais e consoantes são todas substituídas por um tipo de assobio. Essa língua já estava próxima da extinção, no entanto, o governo resolveu ensiná-la e torná-la obrigatória nas escolas. A distância que atingem as conversas por assobios chegam aos 3 quilômetros. Com o reaquecimento da língua dos passarinhos em La Gomera, as cerimônias religiosas, os atendimentos nos restaurantes e nas lojas passaram, algumas vezes, a ocorrer apenas com assobios.
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