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Manoel Afonso

PSDB é protagonista com Reinaldo e MDB coadjuvante

Manoel Afonso | 25/11/2022 08:07

O ESTILO: Eduardo Riedel é amigo de Reinaldo Azambuja, tem mais afinidades do que divergências sobre vários assuntos que abordam no dia a dia, frequentam os mesmos nichos sociais. Mas não se pode esquecer uma máxima elementar: cada um deles tem seu próprio DNA. Daí que todos as notícias sobre critérios e nomes do futuro governo não passam de especulações. Calma gente.

MENOS UM: O cantor Manoel Gomes, famoso pela ‘Caneta Azul’, tentou se eleger deputado estadual no Maranhão. Ficou só nos 7 mil votos - fora do quadro dos 42 eleitos – onde o menos votado obteve 24.800 votos. Se o talento de cantor fosse indicativo para aferir seu potencial parlamentar, concluiríamos que o Maranhão nada perdeu.

FRAGILIZADO: Após sucessivas derrotas o MDB não repôs as perdas em seus quadros. O ex-vereador Celso Yanaze e o ex-vice prefeito Edyl Albuquerque são duas delas com boa inserção na sociedade da capital.  Muitos outros ficaram pelo caminho. Do time antigo restou apenas o vereador Dr. Loester Nunes (ex-PDT). E como renovar estando por baixo?

O DESAFIO: Não só o MDB como outras siglas que não souberam lidar com novas posturas passam por dificuldades. Manter o partido competitivo apenas graças ao prestígio de uma só liderança é impossível. Aliás, é preciso também dividir o poder e – é claro -  o dinheiro do Fundo Partidário que  fica   só com os figurões. O resto da turma se rala!

ALTERNATIVAS: As atenções se voltam agora para as eleições municipais de 2024 e Campo Grande, mais uma vez, tem papel importante, pela sua influência na opinião pública refletida no interior. Com Puccinelli ‘deprimido politicamente’ e sem outras opções – a saída do MDB seria atrair Rose Modesto, com boa aceitação eleitoral, onde já foi vereadora. Foi – é passado.

DECLÍNIO: Em 2020 o MDB só elegeu prefeitos em Bataguassu, Brasilândia, Dois Irmãos do Buriti, Coronel Sapucaia, Rio Brilhante e Paranhos. Os vereadores eleitos pela sigla no Estado são 117. Maré baixa em 2022: não elegeu nenhum deputado federal e apenas três deputados estaduais. A partir de 2023 ficará também sem representante no Senado.

SIMONE: Em alta junto ao presidente eleito Lula, que ainda não definiu o cargo que poderá ocupar. Mas esse prestígio nacional não faz eco forte no Mato Grosso do Sul por motivos óbvios. Mesmo no MDB os comentários são comedidos na expectativa de que os frutos da futura atuação dela no Governo Lula possa refletir politicamente aqui e ajudar o partido.

AGRICULTURA?: Um ministério importantíssimo nesta fase conjuntural onde o agronegócio responde por boa parte do Produto Interno Bruto Nacional. Mas nele, Simone poderia correr o risco da comparação com a ex-ministra Tereza Cristina – ainda na memória da opinião pública pela sua competência e a gestão marcada pelo sucesso.

OUTRO PONTO: A senadora Simone habilmente fala em projeto nacional e por tabela descarta priorizar a reconquista de espaço no seu estado natal. Ainda de ressaca eleitoral o ex-governador Puccinelli não tem falado sobre isso. Dizem  que ele ainda não a perdoou pela recusa em disputar o Governo em 2018, quando ele (André) estava na prisão.

TUCANOS: Querem fazer de 2024 a continuidade do sucesso eleitoral de 2022. Armas e munição eles tem de sobra após as últimas eleições. Mesmo estando fora do poder, (entre aspas) o governador Reinaldo, contribuirá com sua experiência e prestígio na montagem do ‘exército tucano’ não só na Capital como nas principais cidades.

CONCLUSÃO: Há quem garanta que o ‘PSDB guaicuru’ só perderia para ele mesmo. Com os adversários fragilizados eleitoralmente o futuro governador Riedel terá a vantagem de assumir em condições excepcionais sem perda de tempo para ‘colocar a casa em ordem’. A sequência de ações administrativas reflete positivamente na opinião pública.

ISSO CONTA!: O que os olhos não veem, a língua inventa. (Millôr Fernandes). Mas para corroborar pesquisas realizadas nas eleições, as manifestações dos sul-mato-grossenses dos mais diferentes segmentos sociais continuam elogiando o governo que termina. Impressiona também o fato da administração manter o ritmo acelerado das obras e ações.

MEMÓRIA: Ex-deputado enaltece o mérito de Reinaldo em tirar o PSDB da sombra do MDB. Lembra - nas eleições de 2002 a candidata tucana Marisa Serrano poderia ter vencido se tivesse havido maior empenho do então prefeito Puccinelli da Capital. Reinaldo rompeu essa aliança com o MDB ganhando a condição de protagonista. Foi a libertação.

NOVO VICE: Colega de Dourados apostando no protagonismo de Barbosinha como vice governador – isto é – com participação ativa na futura administração. Dourados já deu quatro vices governadores: Braz Melo (1994), George Takimoto (1987), Egon Krackekhe (2003) e Murilo Zauith por duas vezes, sendo a primeira em 2006 com Puccinelli e a atual  eleito em 2018.

PALPITES: Apimentam o cenário e multiplicam as notícias. Mesmo antes de assumir já se questiona qual o próximo projeto político de Barbosinha. A pergunta inevitável: tentaria novamente a prefeitura de Dourados em 2024 ou permaneceria no cargo com atribuições realmente de peso? Pela sua inquietude, ele não aceitaria ser expectador apenas.

EX-MULHERES: Os políticos que se cuidem. Elas são para toda a vida – faça chuva, faça sol. Faz sucesso nas redes sociais as declarações da ex-mulher de Valdemar Costa Neto (presidente do PL) denunciando falcatruas e tecendo críticas comportamentais. Pelo teor do final ameaçador, a guerra promete novos capítulos. Seria o caso da gente tapar o nariz.

PREOCUPA: Caminhar pelos corredores vazios da Assembleia Legislativa passa uma sensação estranha, uma espécie de antítese do que se chama ‘Casa do Povo’. Espera-se que em 2023 o ambiente volte a normalidade, com os gabinetes movimentados  e o belo saguão acolhendo pessoas das mais diferentes matizes. Em tempo: a presença dos parlamentares é fundamental. Certo?

CONTRASTE: Enquanto isso a Câmara Municipal de Campo Grande pulsa forte, com trânsito interno fervilhando e os gabinetes acolhendo pessoas. Agradável também aos nossos olhos a intensidade dos debates em plenário com muita gente assistindo as sessões. A Câmara cumpre o papel institucional da política varejista próxima ao cidadão, para ouvir e tentar atender suas demandas.

PRESIDÊNCIAS: Só não há disputa ou interesse quando se trata daquelas entidades beneficentes como asilos e abrigos para menores. No que se refere a nossa Assembleia Legislativa – a exemplo de todas as demais no país – continuam as tratativas isoladas ou de grupos para ‘zelar pelas cadeiras da mesa diretora’. Verdadeiramente ainda não há uma luz no final deste túnel. É o novo jogo da velha política. E não há outro caminho.

CATAR: 3 milhões de habitantes, os nativos são apenas 300 mil; sua área é de 11.500 km2, dos quais só 1% serve a agropecuária; é o 4º importador de frango do Brasil. Com o fim do império Otomano, o Catar virou um protetorado britânico até 1971. Quem manda desde 1825 é a família Al-Thani. O forte da riqueza vem do diamante, petróleo e gás natural. O governo investiu em universidades famosas na Europa e Estados Unidos, museus, a TV Al Jazeera, o clube PSG na França e o Bayern de Munique.

PÍLULAS DOURADAS:

"Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos". (Nelson Rodrigues).

"Equipe de transição: um conglomerado de ‘boquinhas’ em Brasília". (na internet).

"Se você está se sentindo só, lembre-se da Joice Hasselmann, abandonado pelo eleitor e agora pela equipe de transição". (na internet).

"Não desespere – no momento em que a vida lhe parecer insuportável, desligue a televisão e converse um pouco". (Millôr Fernandes).

"Não, Paulo Maluf não está na equipe de transição do governo Lula. É apenas conselheiro para que agora a turma faça a coisa certa". (na internet).

"Nosso povo tem dois grandes inimigos: um é a falta de memória, o outro me esqueci". (Carlos Castelo).

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