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Direto das Ruas

Em alerta ou “congelados” no vermelho, semáforos preocupam moradores

Em ruas de bairros ou nas grandes avenidas do Centro, a falha na sinalização provoca transtornos

Ana Beatriz Rodrigues e Idaicy Solano | 02/08/2023 19:21
Esquina das Ruas Zulmira Borba com e Jerônimo de Albuquerque, no Bairro Nova Lima, semáforo em alerta (Foto: Direto das Ruas)
Esquina das Ruas Zulmira Borba com e Jerônimo de Albuquerque, no Bairro Nova Lima, semáforo em alerta (Foto: Direto das Ruas)

Semáforos intermitentes ou desligados viraram motivo de muitas reclamações em Campo Grande. Moradores preocupados com os transtornos e riscos de acidentes no trânsito enviam relatos com frequência ao Campo Grande News. Em ruas de bairros ou nas grandes avenidas do Centro, a falha na sinalização é sempre motivo de alerta.

De acordo com levantamento feito no fim do ano passado, esse problema, que já se arrasta há anos, está presente em quase todas as regiões da cidade, em sua maioria ele é causado por furtos de fios de cobre.

A auxiliar de serviços financeiros Silvania Aparecida Frutuoso, 54 anos, trabalha na esquina das ruas Zulmira Borba com a Jerônimo de Albuquerque, no Bairro Nova Lima, e relata que o semáforo do cruzamento está intermitente há pelo menos uma semana. “Eu fiquei parada esperando para ver se ficava verde e nada. Aí tive que passar sem saber se ia abrir e correndo o risco de um [veículo] vir e bater em mim”, relatou Silvana à reportagem.

A auxiliar explica que os veículos que trafegam pela Rua Zulmira Borba, para acessar a Cônsul Assaf Trad ou virar na Rua Jerônimo de Albuquerque, ficam perdidos sem a sinalização, e aumenta a chance de acidentes, principalmente em horários de maior fluxo de veículos. “Fica um caos esse cruzamento”, conta Silvania.

Em outro ponto da cidade, o problema é o mesmo, o motorista Cleber da Silva de Souza, de 30 anos, relata que o semáforo da Rua Montese esquina com Rua Zeferino Vicente de Almeida, na Vila Olinda, ficou “congelado” na cor vermelha na noite desta terça-feira (1º), e até o momento não foi feito reparo.

O motorista ressalta que a sinalização foi recém-instalada e já deu problemas. “Um morador estava na calçada falando que era pra gente tentar atravessar no vermelho com segurança porque estava desde as 16h de ontem (1º) vermelho”.

Cleber explica que o semáforo está verde para quem desce a Rua Montese no sentido bairro-centro, e vermelho para quem cruza a Rua Zeferino Vicente de Almeida, o que confunde os motoristas, já que está “congelado”.

“Tem que arriscar atravessando, porque quem vem da Zeferino não reduz a velocidade, porque entende que a preferência está para eles. Prejudica todos os motoristas”, finalizou Cleber.

Já no cruzamento da Rua da Divisão com a Gabriel Spipe Calarge, na região do Parati, os semáforos costumam ficar sem funcionar quando chove, conta a comerciante Luciana Rodrigues, de 36 anos. "Devido aqui ser um cruzamento bem movimentado, quando acontece de dar "pane" a gente mesmo aciona alguém da Agetran para vir aqui, e o atendimento é sempre rápido, mas faz um tempinho que esse semáforo não dá problema", relata.

De acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), cerca de 2% dos 650 semáforos instalados na Capital costumam apresentar defeitos diariamente, e pode variar de acordo com o período do ano, devido a chuvas, descargas atmosféricas e outras intercorrências.

Segundo a agência, as principais causas das ocorrências de defeito, são falta ou oscilação de energia, furto de fios elétricos, abalroamentos e queima de componentes eletrônicos.

"A Agetran tem executado medidas anti furtos, como instalação de concertina e concretagem de equipamentos semafóricos. Aparelhagem dos semáforos com Nobreaks para dar autonomia e estabilidade ao fornecimento de energia elétrica. Troca e modernização dos controladores de tráfego e conjuntos semafóricos antigos", infoma a nota.

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