Energia mais cara eleva inflação em 1,79 %, segunda maior do país
Com aumento de 34,77 % na conta de energia elétrica, a inflação em Campo Grande fechou o mês de março com alta de 1,79 %, segundo dados divulgados hoje (8), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os cálculos consideram os 26,6 % de reajuste extraordinário e a cobrança das bandeiras tarifárias, mas não incluem o reajuste anual de 3,22% da Energisa, que vale a partir desta quarta-feira para a maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul.
Os gastos totais com habitação encareceram ainda mais o custo de vida do campo-grandense. Conforme o levantamento, o índice que calcula esse segmento subiu 8,8 %, somente em março. O aumento é superior ao da média nacional, que ficou em 5,29 %.
Alimentação e bebidas constituem o segundo grupo da pesquisa com a alta mais expressiva. O índice teve alta de 1,58 %. Com isso, Campo Grande registrou a segunda maior alta na inflação, dentre as capitais pesquisadas. O índice perde apenas para o de Porto Alegre, com acréscimo de 1,81 % e fica acima da média nacional, que teve variação de 1,32 %.
A inflação é calculada a partir do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), levantado todos os meses pelo IBGE. De acordo com o indicador, Campo Grande já acumula alta de 8,76 %, nos últimos doze meses. Esse índice está bem acima do teto da meta, que é 6,5 %.
Gastos – Custos com educação tiveram acréscimo de 0,82 %; despesas pessoais ficaram 0,72 % mais altas e transportes encareceram 0,42 %. O grupo de saúde e cuidados pessoais é o que teve menor alta no índice de preços, subindo 0,08 %.
Em contrapartida, o campo-grandense está pagando menos pelos serviços de comunicação, cujos preços caíram 1,21 %; com vestuário e artigos de residência, que tiveram queda de 0,16 % cada.
Brasil – O IPCA apresentou, em março, variação de 1,32%, ficando 0,10 % acima da taxa de fevereiro, que foi 1,22%. Esse é o maior índice mensal desde fevereiro de 2003, quando atingiu 1,57%, além de ser a taxa mais elevada para os meses de março desde 1995, que foi 1,55%. O acumulado no ano de 2015 ficou em 3,83%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2003, quando a alta foi de 5,13%, segundo o IBGE.
A terceira cidade com a maior alta nos preços é Curitiba, com variação de 1,69 %; em seguida está Fortaleza, com acréscimo de 1,57 % e Belo Horizonte, com alta de 1,48 %, em março. O último da lista é Recife, onde a variação foi de 0,56 %. Salvador e Belém também tiveram alta inferior a um por cento.