Homex falta de novo e vereadores podem ir à Justiça contra construtora
Acusada de dar calote de R$ 24 milhões e não entregar 272 casas vendidas em Campo Grande, a construtora mexicana Homex não compareceu, pela segunda vez consecutiva, para prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal. Os vereadores podem ir à Justiça para obrigar a empresa a prestar esclarecimentos à comissão.
Apesar de levar “cano”, os vereadores aceitaram a justificativa encaminhada pela representante da empresa na Capital, Raquel Malheiros. Ela alegou que não teria nada a acrescentar à comissão porque só defende a Homex em ações trabalhistas.
A Homex é acusada de cometer várias irregularidades na cidade. Inicialmente, a empresa planejava construir 3 mil casas na saída para São Paulo. No entanto, após vender 700 unidades, a empresa abandonou a obra e deixou 272 casas inacabadas.
A Homex também é acusada de dar calote de R$ 24 milhões em fornecedores. A Caixa Econômica Federal repassou R$ 50 milhões por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.
Um dos membros da CPI, vereador Otávio Trad (PTdoB) acatou as explicações feitas pela advogada, mas pretende entrar na Justiça com uma ação coercitiva para obrigar a empreiteira a enviar um representante de São Paulo para fornecer as informações à comissão.
Ele concorda que Raquel não teria muito a acrescentar aos trabalhos da CPI, que foi prorrogada por mais 30 dias.
Sem a construtora mexicana, o superintendente estadual da Caixa Econômica Federal, Paulo Antunes, presta depoimento aos vereadores.
